A Tuberculose e seu romantismo


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A tuberculose (TB) pulmonar é uma doença infecciosa tão antiga quanto à própria história da civilização. É uma doença milenar e um grave problema de saúde pública com repercussão mundial, principalmente nos países em desenvolvimento, como é o caso do nosso Brasil. A TB encontra-se dissertada em referências sagradas, em obras da filosofia, história, ciência, direito romano e das poesias.

A tuberculose (TB) pulmonar é uma doença infecciosa tão antiga quanto à própria história da civilização. É uma doença milenar e um grave problema de saúde pública com repercussão mundial, principalmente nos países em desenvolvimento, como é o caso do nosso Brasil. A TB encontra-se dissertada em referências sagradas, em obras da filosofia, história, ciência, direito romano e das poesias. Nem mesmo Florence Nightingale, um dos ícones da Enfermagem, escapou da TB. Ela contraiu a doença aos 30 anos de idade e não obstante chegou aos 90, trabalhando e lutando arduamente. Destaca-se pelo status profissional que concedeu a Enfermagem, tornando-a uma ciência. Um de seus maiores feitos foi à humanização dos hospitais onde os doentes viviam em condições totalmente precárias e desumanas. Florence desenvolveu uma enorme participação na luta contra a TB na Europa e na construção de hospitais específicos para os tuberculosos; divulgou em diversos países a concepção da cura sanatorial e melhorou as condições de internação dos doentes.
No início do século XIX, o senso comum elaborou uma visão romântica da doença. A tísica, nome dado na época seria a expressão física de uma interioridade rica em sentimentos conturbados sendo reconhecida no campo artístico e literário como a doença da paixão, tema este bastante recorrente para os escritores românticos; eram raras as obras literárias e artísticas que não incluíam tísicos entre seus personagens:

“Falar somente uma linguagem rouca,
Um português cansado e incompreensível,
Vomitar o pulmão na noite horrível
Em que se deita sangue pela boca!
Expulsar aos bocados, a existência
Numa bacia automata de barro
Alucinado, vendo em cada escarro
O retrato da própria consciência…”
Augusto dos Anjos.

A TB ao final do século XIX, deixa a concepção romântica dando lugar a sua representação no âmbito social. Passando de doença da nobreza para doença com maior prevalência na plebe. Enfim, no dia 24 de março – data passada – foi comemorado o Dia Mundial da Tuberculose.
Então, fiquemos com o Manuel Bandeira:

Pneumotórax
“… O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
Então, doutor, não é possível tentar um pneumotórax.
Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino”.

 

*Pequeno texto resumido e retirado da minha dissertação de conclusão de curso.
**Esse ano haverá o III Encontro Nacional de Tuberculose em Salvador – BA. De 18 a 21 junho de 2008.
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Estela Rodrigues