Demografia By José Eustáquio Diniz Alves / 23/04/2010 Share 0 Tweet As duas últimas pesquisas nacionais de intenção de voto para as eleições presidenciais de 2010 mostram que a candidata Marina Silva ultrapassou o (quase) candidato Ciro Gomes e passou a ocupar o terceiro lugar na corrida para o Palácio do Planalto. A pesquisa Datafolha, realizada entre os dias 15 e 16 de março de 2010 e divulgada em 17 de março de 2010, apontou Marina Silva (PV) com 10% das intenções de voto, conrtra 9% de Ciro Gomes (PSB). No desempenho segundo o sexo dos eleitores, Marina ficou com 11% entre as mulheres e 9% entre os homens. A pesquisa IBOPE/ACSP, realizada entre os dias 13 e 18 de abril e divulgada no dia 21 de abril de 2010, apontou ambos os candidatos com 8% dos votos. Estes números e a falta de apoio partidário aumentam as chances para que Ciro retire a sua candidatura ou que o PSB lhe negue a legenda para concorrer em 2010. Os números acima também reforçam uma tendência quase que irreversível da candidata Marina Silva se consolidar em terceiro lugar na corrida presidencial e com um montante de votos expressivo capaz de torná-la uma terceira via, capaz de colocar tempero na tendência plebiscitária das eleições. Uma Marina forte, na disputa do primeiro turno das eleições 2010, significa que o debate não vai ficar restrito a Serra/FHC versus Dilma/Lula. Marina Silva – que já foi comparada com o “Obama de saía” – pode encarnar o desafio inovador do século XXI, que é a defesa do meio ambiente e do empoderamento das mulheres. Feminizar o mundo seria uma forma de avançar a página do processo civilizatório, pois a Revolução Industrial, de características pratriarcais, liberou forças que agrediram o meio ambiente, enquanto mantinham a opressão histórica sobre as mulheres. Marina Silva, com uma campanha bem articulada, pode mostrar a necessidade mundial e brasileira, de se fazer uma transição de uma economia de alto carbono para uma de baixo carbono e a transição de uma sociedade com alta desigualde de gênero para uma com maior equidade de gênero. Se a candidata do PV tiver sucesso nesta empreitada – mesmo na hipótese de não chegar pelo menos em segundo lugar em 03 de outubro – ela poderá ter grande influência na decisão do segundo turno. Até agora, neste processo de definição das candidaturas e das alianças partidárias, não houve uma apresentação de programas e ideias por parte das pessoas e partidos que pretendem governar o Brasil pelo próximos quatro anos. O perigo é que a campanha fique apenas nas representações da “sociedade do espetáculo” e não avance na busca de alternativas para o país. Porém, a presença de Marina Silva, com toda a sua bela trajetória de vida e luta, pode contribuir para dar visibilidade nas eleições de 2010, em especial, para as questões de gênero e da sustentabilidade ambiental. Vejam artigo:Brazil’s presidential election – Another SilvaA celebrated environmentalist pitches for the presidencyApr 22nd 2010, From The Economist print editionhttp://www.economist.com/world/americas/displaystory.cfm?story_id=15959322 Compartilhe isso:Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)Compartilhe no Google+(abre em nova janela)MaisClique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela)Clique para compartilhar no Tumblr(abre em nova janela)Clique para compartilhar no Pinterest(abre em nova janela)Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela)Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)Clique para compartilhar no Skype(abre em nova janela) Relacionado