Homens… Objeto? Hhhhuuummmm…

Nada mais… Mais gostoso que um homem gostoso, daqueles que você crava os olhos em sua boca enquanto ele fala sabe-se lá o quê e imagina como é que ele beija; daqueles que passam por você na rua, no shopping e tiram sua atenção da vitrine de sapatos, fazendo-a virar o pescoço para olhar a bundinha, redondinha, que deve ser divina de apertar enquanto rola aquele beijo escandalosamente sexy; daqueles que, no final do expediente, tiram a gravata, afrouxam o colarinho e seus olhos focam o peito, tentando imaginar o que veria caso terminasse de desabotoar a camisa…

Homens. São deliciosos de serem olhados quando não sabem que estão sendo olhados. Quando estão com a cabeça meio baixa, deixando a nuca à mostra, pronta para uma mordidinha leve, enquanto lêem um intrincado relatório ou uma chatíssima ata de reunião.

Já observou um homem ao telefone? Os gestos estudados, firmes, o sorriso no canto da boca, a esticada nas costas, no final do dia, ao conversar pela enésima vez com um cliente ou superior. E o que dizer do sorriso de bom-dia, misturado com cheirinho de barba recém escanhoada, xampu e perfume? É de iluminar qualquer segunda-feira cinzenta, fria e coalhada de serviço, temperada com TPM… E não perdem a luz, no final do mesmo dia, quando ganham uma sombra de barba em seus rostos.

Mas, por favor, não me venha com aqueles metrossexuais, parecendo um tanque de guerra de tão musculosos, que passam todos os cremes no rosto, depilam o peito, usam camiseta apertada e andam igual pombo… São broxantes!! Dão-me um medo de encostar e desmanchar, desmontar, ofender. Porque homem “homem” sabe ser lindo sem ser, necessariamente, fisicamente lindo. Sabe brincar quando diz que não usa camisa rosa, mas sim “vermelho suave para machos sensíveis”… E, tenha certeza, ele É sensível sem deixar de ser másculo.

Homem que é homem cria vincos lindos nas laterais da boca e suaves ruginhas nos olhos quando sorri, luta contra a calvície bancando o skinhead politicamente correto, a lá Yul Brynner, ganhando ares de menino, tenha ele 20, 30, 40 anos. Ou então, tenta domar a juba sob uma camada de gel, mal sabendo ele que está sendo domado por cachos ou fios indóceis.

Imagem: Matthew Fox – Matthew Fox Net

Homem que é homem tem uma barriguinha discreta que tenta perder (e não consegue, ainda bem!), mas come, com gosto, uma torta de sonho de valsa. Esse é um homem “homem”, que tira o fôlego e, mesmo dizendo que precisa emagrecer 10 quilos, você é quem jura que, se isso acontecer, ele ficará menos gostoso, menos bonito, menos homem. E, para fechar com chave de ouro, olha para você e diz, com aquela voz de derreter aço, que você não precisa emagrecer, por mais que você ache que precise…

Homem gostoso é que faz o churrasco, mas acha legal que a mulher também saiba e deixa-se ajudar, sem machismos. Aliás, homem que é homem não é machista. É par. É igual. É o que fica sem graça com um elogio, mas deixa os olhos brilharem para que você perceba que ele gostou. É aquele que, por estar comprometido com outra, não trata você como aventura. Respeita você e a companheira, mas não se isola muito menos vira o canalha de plantão.

Homem é bom para a gente sentar no colo, agarrar pelo pescoço e passar a unha, de leve, pela nuca. É bom para beijar o queixo, a virilha, o peito. O sexo com um homem é d.i.v.i.n.o., seja uma transa completamente desvairada, um tântrico ou uma rapidinha debaixo do chuveiro morno.

E, depois do sexo, homem é bom demais para dormir. Homem é igual travesseiro macio, daqueles que a gente dorme agarrada, enroscada, de conchinha, com a cabeça no peito, enrolada nos braços, nas coxas. Resumidamente, homem é bom de e para dormir.

Homem… Homem é objeto. Objeto de desejo, de tesão, de vontade… Homem é apaixonante. Simples assim.