Voyeurismo. Falando nisso… Sua janela está fechada?


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… Estou te olhando. Estou vendo que ele tira a tua blusa enquanto te beija. Desprendeu teu sutiã, deixando teus seios, bicos turvos e empinados, para que eu veja.

... Estou te olhando. Estou vendo que ele tira a tua blusa enquanto te beija. Desprendeu teu sutiã, deixando teus seios, bicos turvos e empinados, para que eu veja. Tire logo a saia, para eu ver tua calcinha… Isso. Assim… Fique nua para mim… Isso… Deixe que ele – e eu – entremos. Não. Tu nãos sabes quem sou. Tu não sabes que eu existo e te desejo…

Acredito que seja assim o pensamento de um voyeur profissional.

Voyeurismo é o ato de observar um ato sexual ou mesmo uns amassos mais, digamos, quentes. Ele – o observador – geralmente sabe bem como fazer para não ser notado. Luzes apagadas e um bom equipamento, incluindo câmeras com lentes teleobjetivas, binóculos potentes e muita paciência para flagrar, em janelas abertas e luzes acessas, casais em atos sexuais.

O voyeur jamais se envolve com as vitimas observadas. Alguns, durante a vigilância, podem até recorrer à masturbação enquanto outros guardam as imagens captadas para “usar” depois, no mesmo ato de prazer solitário. Se bem que algumas pessoas até gostam de serem observadas e são conhecidas pelo óbvio nickname de “exibicionistas”.

Todos nós somos, em níveis diferentes, voyeurs em certos acontecimentos. Quem não viu, por “curiosidade apenas”, o vídeo da modelo e apresentadora transando em uma praia com seu namorado que atire a primeira camisinha. A curiosidade de ver outra pessoa transando não é, de forma alguma, doença. Isso faz parte de nosso crescimento. Vai me dizer que nunca bisbilhotou, pelo buraco da fechadura ou frestas, aquela prima gostosona trocando de roupa? Adolescentes são mestres na arte de “xeretar”, olhar. E isso não os torna doentes.

Quer outro exemplo? Filme pornô. Sim. Um filminho desses, assistido com o namorado, marido, nos torna voyeurs também.

Apesar de ser uma atividade tipicamente masculina, mulheres têm se soltado e confessado seu interesse em ver outros casais “dando uma”. Há vários casais, assumidamente liberais, que freqüentam casas de swings, se não para participar, ao menos para ver outros casais em relações sexuais. Muitas vezes não precisa ser uma relação completa. Basta ver um casal mais “quente” nos cantos de uma danceteria para que nos excitemos também.

Esse lado nosso, de sentir prazer em ver outras pessoas mantendo relações sexuais, são normais. Desde que essa não seja a única forma de prazer. O voyeurismo usado como única forma de prazer é considerado doença, precisa de tratamento e ocupa o 3º lugar no diagnóstico de pacientes com problemas sexuais – cerca de 12% dos tratamentos são focados neste distúrbio.

O portador desta disfunção acaba se afastando do convívio social, não faz amizades, muito menos mantém relações sexuais com outras pessoas. Alguns terapeutas afirmam que uma das causas do desencadeamento da doença é a baixa auto-estima, onde o portador sente-se não desejável, feio e acaba se afastando do convívio social.

E a internet, com vasto material pornográfico disponível para “consulta”, vem sendo a “galinha dos ovos de ouro” dos voyeurs. É muito mais fácil e seguro espiar pela tela do computador que pela janela do vizinho.

E se você pensa que o voyeurismo é recente, há pergaminhos datados do século VII, encontrados no Japão, que narram mulheres observando homens, cenas eróticas e até mesmo uma disputa de tamanho de pênis, organizado nada mais nada menos do que pela Corte Imperial. Escondidas atrás de uma cortina cheia de buraquinhos, a mulherada acompanhava o concurso.

Uma história famosa é a de Lady Godiva. A fim de diminuir os impostos que seu marido impunha aos súditos ele a desafiou: “diminuo os impostos somente se você cavalgar totalmente nua pelas ruas de Coventry…”. E ela foi! A cidade foi totalmente esvaziada e portas e janelas fechadas. O único som que se ouvia era o das patas do cavalo. Mas um espertinho, Tom – o alfaiate, descumpriu as ordens de não olhar. Olhou e, pela ousadia, sua pena foi perder a visão. Tom – o alfaiate, ficou conhecido como “Peeping Tom” (peep – verbo espreitar).

E, se Pedro Bial diz que pode espiar à vontade, já deu sua olhadinha hoje? Hhhhaamm, mas não custa nada se certificar que fechou, mesmo, a janela…

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Sandra Pontes