A história do flash fotográfico

Ingrid, em foto diurna sem flash

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Ainda que seja uma constatação óbvia, luz é fundamental para a fotografia, um processo que capta a radiação luminosa refletida pelos objetos. Desde os primórdios da fotografia até a última década século XIX, a despeito de constantes avanços técnicos, os fotógrafos continuavam dependentes da luz natural para o registro das imagens, o que em muito limitava os assuntos passíveis de serem registrados. Esta situação começou a mudar apenas em 1887, com o desenvolvimento do primeiro flash fotográfico.

Ainda que seja uma constatação óbvia, luz é fundamental para a fotografia, um processo que capta a radiação luminosa refletida pelos objetos. Este fato, aliado à baixa sensibilidade à luz das superfícies fotosensíveis utilizadas pelos primeiros fotógrafos, explicam o porquê de tantas fotos antiqüíssimas de paisagens, naturezas mortas, mesas postas: os tempos de exposição chegavam a horas!

Os pioneiros, com muita pesquisa e experimentação, chegaram a processos físico-químicos que permitiram reduzir sobremaneira os tempos de exposição. Nos idos de 1870, com boa luz, bastavam um ou dois minutos, o que permitia o retrato da figura humana. Em 1888, época do lançamento da primeira Kodak, bastava um segundo. Porém, mesmo com toda a evolução que a fotografia experimentava nesses primórdios, os fotógrafos de então continuavam dependentes da luz natural para o registro das imagens, o que em muito limitava os assuntos passíveis de serem registrados.

As primeiras experiências para o desenvolvimento de um flash fotográfico datam da década de 1860, com a combustão de barras de magnésio, processo que permitiu o registro fotográfico de minas, cavernas e tumbas egípcias.

Em 1887, Adolf Miethe e Johannes Gaedicke misturaram pó de magnésio a um agente oxidante, inventando assim o primeiro flash fotográfico. O uso desses flashes era literalmente explosivo: a ignição da mistura, feita pelo próprio fotógrafo, produzia não apenas intensa luminosidade, mas também estouros e fumaça.

Na década de 1930, os flashes se tornaram mais seguros com a utilização de bulbos de vidro com filamentos de magnésio, que, apesar de descartáveis após uma única utilização, confinavam o processo químico ao ambiente fechado do bulbo. Os famosos “magicubes”, de quem os usuários de câmeras amadoras Kodak de trinta anos atrás devem se lembrar, utilizavam processo similar; compostos por quatro bulbos e respectivos refletores encerrados em único flash de formato cúbico, permitiam quatro disparos antes do descarte.

Apesar de inventado em 1931, apenas em 1970 começa a haver difusão comercial do atual flash eletrônico portátil, movido a baterias recarregáveis e de durabilidade praticamente ilimitada. Hoje é rara a câmera que não disponibiliza uma dessas unidades embutida em seu próprio corpo, dispondo as câmeras profissionais de unidades autônomas que, em conjunto com a câmera, automaticamente ajustam seus próprios disparos.

Atualmente, a tecnologia empregada nos flashes é a das lâmpadas de xenônio: em um tubo preenchido com este gás, uma descarga elétrica de alta voltagem produz um arco voltaico que emite luz intensa por um breve período, da ordem de milésimo de segundo.

Potentes e compactos, os modernos flashes oferecem ao fotógrafo não apenas a independência em relação às condições de luz oferecidas pela natureza, mas também a possibilidade de um maior controle sobre o processo fotográfico. No exemplo que ilustra este artigo, mostramos como o uso do flash como luz de preenchimento em uma foto sob o sol forte evita as desagradáveis sombras “duras” nos rostos dos fotografados.

 

Ingrid, em foto diurna sem flash

Ingrid, em foto diurna sem flash. Note as sombras duras causadas sob o cabelo, sob os olhos e sob o nariz.

 

 

 

Rilsa, em foto diurna com flash

Railsa, em foto sob a luz do dia, com flash. Observe como o uso controlado do flash, mesmo sob intensa luz natural, proporciona sombras suaves.

(Fotos: arquivo pessoal do autor.)

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Ricardo Montero