A soma de todos os erros – Pt 7 de 9


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 A soma de todos os erros – O sétimo

Olá, você que lê! É hora de continuarmos o texto anterior de A Soma de Todos os Erros.

Se você está começando aqui, recomendo que leia o conteúdo anterior.

 

Em resumo, estou explicando como o automóvel simboliza os mais diversos aspectos obsoletos que a economia monetária representa. Está longe de ser completo, trata-se apenas de um exercício de reflexão. Vamos lá então?

 

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O sétimo erro: A proliferação.

 

O problema: Aqui temos uma situação estritamente relacionada à obsolescência intencional. A cada ano, os principais carros do mercado recebem um suposto upgrade. O modelo do ano trata-se quase sempre de uma versão levemente diferente da anterior. Não é nada mais óbvio a verdadeira intenção destes constantes lançamentos se não manter o mercado sempre com “novidades”. Mesmo que não haja diferença substancial alguma nos carros nas últimas décadas.

 

Pense no seguinte: se o novo modelo, o tão aguardado modelo do ano, realmente fosse uma versão melhorada, o automóvel anterior seria substituído pelo novo, um por um. Claro, se vivêssemos numa sociedade sã, sem fundamentos monetários. É como uma cobra. Quando uma pele nova entra em cena, a antiga é substituída. E isso é feito com o propósito de melhor a saúde do animal. Por isso você vê uma cobrinha nos símbolos da medicina. Esse bicho é um representante da boa saúde. Obviamente, como estamos falando de natureza, a pele antiga não vira lixo. Ela segue o ciclo da vida. E o que acontece com os carros que não já não mais modelos do ano? Existe o mesmo princípio de reciclagem embutida como a pele da cobra? Pergunte-se, qual o verdadeiro ganho para nossas vidas lançar uma lata nova de mil quilos todo ano?

 

E isto tudo piora ainda mais quando governos adotam políticas de fácil acesso a financiamentos. Quanto mais gente comprando, mais demanda por carros novos existe. É a felicidade do mercado! Se a cobra na natureza é símbolo de saúde, na economia monetária é sinônimo de círculo vicioso. Temos uma cobra comendo o próprio rabo.

 

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Tá é faltando ceticismo em nossa sociedade.

 

A conclusão: Automóveis “crescem” como câncer nas vias públicas. E isso só piora quando governos facilitam o acesso à compra de novos veículos. De fato não há como saber se isso é resultado de lobbying de grandes montadoras ou se é apenas uma “nobre” vontade de fortalecer o crescimento econômico do país. Mas isso pouco importa. Pois nunca realmente houve uma diferença entre os interesses do Estado e da iniciativa privada. Seus fundamentos, como vimos, são os mesmos: a economia monetária.

 

O resultado disso? Atualmente, aqui em Porto Alegre, pessoas dizem que está faltando rua para tantos carros. Você sente o mesmo acontecendo perto de sua casa?

 

Nos vemos no próximo erro!

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Juliano Moreira