Dormir “depois” do sexo é muito bom! Mas… Dormir “durante”?!?!?!?!

Nada melhor que uma boa sessão de sexo, uns carinhos, beijos mais castos, um enroscar de pernas, de braços e… Dormir.
Mas quando o dormir começa mais cedo, por exemplo, nas preliminares? Vamos ler mais sobre isso.

Sou ré confessa. Já cochilei nas preliminares. Acredito que o outro lado não percebeu, mas eu fiquei sem graça, chateada e pensando no motivo (aliás, um bom motivo para ter “desligado” tanto). Talvez tenha sentido cansaço, sono, falta de vontade, desinteresse… Busquei na net e, pasmem, não achei qualquer menção sobre o assunto. Vergonha? Medo? Ou jamais aconteceu com outras pessoas além de mim? E não falo de alguém com narcolepsia, que causa sonolência excessiva durante o dia, onde o portador pode cochilar em situações inapropriadas, mesmo tendo dormido uma quantidade normal de horas durante a noite. E nem de quase-coma-alcoólico. Falo de gente que relaxa tanto durante o ato sexual que “apaga”.
Pensando nisso disparei uns e-mails para meus grandes amigos, socorristas de plantão quando decido escrever algo que não tenho embasamento “científico” para o assunto, contendo o questionário abaixo.
São homens e mulheres, de várias idades e estados civis. Devo dizer que 99,999999999% dos homens negaram veementemente terem dormido. Um único corajoso respondeu. Já as meninas… Bom, senta que lá vem história!

1) Como foi (motivo: cansaço, desinteresse, sexo sem vontade, etc.)?

M., 51,casado: Cansaço e desinteresse…

A., 27, casada: Cansaço, com certeza, mas atrelado à falta de vontade, lógico, senão não teria acontecido.

C., 54, casada: Não dormi, mas cochilei. Estava cansada e o parceiro não era dos melhores. Na época eu era solteira, livre e tinha 23 anos…

2) O(a) parceiro(a) percebeu?

M., 51,casado: Claro!

A., 27, casada: Sim.

C., 54, casada: Não, ele estava muito mais focado em sí mesmo. Eu é que parei tudo e falei que assim não dava.

3) Se sim, qual foi sua atitude? Justificou, inventou uma desculpa, ficou em silêncio?

M., 51,casado: Pedi mil desculpas e contei um dia realmente terrível, mas em narrativa ultra exagerada.

A., 27, casada: Pedi desculpas e disse que eu estava mesmo muito cansada.

C., 54, casada: Não inventei, falei a verdade e perdi o namorado.

4) Qual a reação do(a) parceiro(a) depois da justificativa (ou depois que percebeu que você dormiu)?

M., 51,casado: Numa boa.

A., 27, casada: Não ficou muito feliz, mas me abraçou e me deixou dormir nos seus braços.

C., 54, casada: Levantou-se sem falar nada, vestiu e sumiu da minha vida.

5) O que você sentiu depois? Culpa, inferioridade? Desculpou-se? Tentou compensar? Nem ligou?

M., 51,casado: Disse para mim mesmo que na noite seguinte me comportaria como um tarado. Foi o que fiz.

A., 27, casada: Uma vez (a primeira) eu senti culpa e tentei compensar, mas nas outras vezes eu senti foi alívio de poder dormir sossegada.

C., 54, casada: Fiquei meio triste nos primeiros dias, depois procurei os amigos (principalmente o meu PA).

6) Só aconteceu uma vez ou mais? Se sim, sempre com a mesma pessoa?

M., 51,casado: Uma vez só, que eu lembre.

A., 27, casada: Três vezes. Sim, com a mesma pessoa, o marido. A primeira foi antes de ser marido ainda.

C., 54, casada: Só uma vez.

7) Pensou em procurar ajuda médica, no caso de ter acontecido outras vezes (clínico, psicólogo, etc.)?

M., 51,casado: Ficou doida?

A., 27, casada: Não, tratava-se apenas de cansaço excessivo mesmo.

C., 54, casada: Eu não, a culpa não foi minha!

8) Conte como foi…

M., 51,casado: Eu pus a mão no decote, senti aquela coisa quentinha e de consistência tão macia… Lembrei do travesseiro. Acho que ronquei em um minuto…

A., 27, casada: Ele me colocou deitada de bruços e começou a me beijar, massagear e provocar… Só que eu, muito cansada, relaxei com a massagem e apaguei.

C., 54, casada: O cara era muito legal em outras coisas: carinhoso, atencioso, etc. Mas em matéria de sexo era péssimo. Não sabia fazer preliminares, era (desculpe a maneira de falar) um tal de meter, rebolar, gozar, virar de lado e pronto.

Algumas pessoas contaram (ou negaram) de formas variadas:

G., casada: Nunca. Mesmo quando foi chato ou quando fui despertada "à força" para o ato.

B., fem.: Putz, eu já saí com um cara que dormia, quase uma narcolepsia mesmo… Affff. Não chegou a me incomodar, pois sou criativa e aproveitei o moço adormecido para experiências egoisticamente sádicas… (risos). Só pra ver se ele acordava… Cheguei a pensar que se tratava de uma fantasia sexual dele, aquele soninho absurdo, uma mulher malvada acordada ao seu lado… Mas depois da primeira vez, vi que era um lance patológico mesmo. Segundo ele, o que acontecia era real, mais forte que ele… Doença mesmo… Pena que perdi contato, senão te colocava em contato com ele…

R., 42, casado: Sinceramente, nunca dormi na hora h. também nunca fiquei acordado sozinho… De uns anos pra cá, o que acontece é que o sono que eu tenho depois é daqueles de desmaiar, capotar, acordar babando no dia seguinte… Risos!

A., 49, casado: Nunca me passou pela cabeça que alguém dormiria na hora H. Não, Sandrinha, nunca aconteceu comigo.

E., casado: Hmmmm… Desculpe (?), mas nunca aconteceu!

A., casado: Já tinha ouvido e lido de tudo sobre coisas que acontecem na "hora H", mas, dormir? Confesso que nunca aconteceu. Portanto, as demais respostas estão prejudicadas.
Já fiquei vendo televisão enquanto a mulher pulava em cima, mas dormir? Como é que alguém consegue isso?

C., 27, casado: PQP, Sandrinha! Dormir na hora H? Jura que isso acontece? Eu nunca dormi e nunca nenhuma mulher com quem eu tenha ido pra cama.

N., 57, divorciado: Minha atividade sexual mais intensa com certeza durante o período dos dois casamentos, que compreende os anos de 1977 a 1996, próximos um do outro.
Neles, sempre no começo muita atividade, depois alguma acomodação (fez parte do aprendizado, (risos)).
Mas nunca cochilei antes da "primeira", embora a "segunda" nunca tenha sido meu forte (raras mesmo), sempre me esforcei para que ela viesse primeiro e na sequência invariavelmente, eu caia de bode.
Mas antes não mesmo.
Por outro lado vale mencionar algumas broxadas, porém algumas das vezes contornadas.
Na juventude o vigor por si só não permitiu algo nesse sentido.
Ps.: não vale quando, acompanhado dela ou não, chegando em casa chapado, embriagado (além da conta) cai direto no sono e larga ela definitivamente na mão.

Lendo tudo isso, não fique chateada(o) se pegar no sono, cochilar, apagar. Você não será a(o) primeira(o) nem a(o) última(o).
Se servir de consolo ou ajudar, a gente deixar você enviar o link deste artigo, a título de desculpas, para quem ficou acordado(a), vendo você se atirar nos braços de Morfeu, ao invés dos braços do(a) parceiro(a)…

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Sandra Pontes