Xeque-mate! Conversando sobre Xadrez

Olá pessoal,

É com alegria e grande responsabilidade que estamos trazendo nosso primeiro assunto. Decidir o que abordar dentro do nosso infinito Xadrez, é difícil. Por onde começar?

Optamos por iniciar com uma Grande Pergunta que tem diversas respostas inteligentes. Você já se perguntou:

O que é o Xadrez?

– ”O Xadrez é Considerado uma Elevada Criação do Gênero Humano”.

– “O Xadrez é um espelho do Homem e de sua História, sendo acessível a todos”.

Assim sendo, liga-se a Ciência, Arte e Jogo unindo os seres humanos sem qualquer exigência seja: social, física, de biotipo, idade, cor, gênero, sem jamais segregar.  Explicação ampla, bonita e significativa.

Com isso dito, começaremos falando de algumas das várias influências do xadrez na Ciência.

O Xadrez como Ciência

Na primeira vista de qualquer pessoa o xadrez seria visto apenas como mais um jogo de tabuleiro, o qual serviria único e exclusivamente como entretenimento. Entretanto, em seu aspecto formal, o xadrez liga-se à ciência por empregar o método e o pragmatismo científico em seu estudo técnico bastante rigoroso. Por meio deste texto, vamos mostrar alguns estudos sobre esse fantástico jogo.

O Xadrez na Matemática e Computação

Claude Shannon

Essas possivelmente são as ciências que mais estudaram o jogo dos reis. Sendo o principal objetivo delas criar uma máquina que conseguisse jogar xadrez com uma inteligência artificial. Tal tarefa se tornou muito difícil visto que segundo o famoso matemático Claude Shannon o número de partidas legais situa-se entre a potência de  1043 e 1050 , além de possuir uma árvore de complexidade- número de lances ou posições resultantes- de 10123 , esse número supera por muito a quantidade de átomos do nosso universo conhecido que estaria estimada em 1079.

A construção de uma máquina que conseguisse jogar xadrez começou em 1890, e os primeiros programas de computador nas décadas de 50-70. Softwares como “Chessmaster” e “Fritz” já batem de frente com os melhores jogadores.

O Xadrez na Psicologia

Alfred Binet

Podemos destacar como expoente no estudo psicológico do enxadrismo, o pedagogo, psicólogo e inventor do Teste de QI – Alfred Binet- o qual investigava as facilidades cognitivas apresentadas por mestres de xadrez que disputavam partidas simultâneas e vendados. A primeira hipótese era que tudo dependia apenas da memória visual, porém para amadores e enxadristas de níveis intermediários foi uma tarefa impossível. Com isso, Binet concluiu que a experiência, a imaginação e por fim a memória eram os elementos essenciais dos grandes mestres. Ainda segundo Binet “Se fosse possível ver o que se passa na cabeça de um enxadrista, iríamos descobrir um irrequieto mundo de sensações, imagens, movimentos, paixões e um panorama sempre mutante de estados de consciência. As nossas mais precisas descrições, comparadas às deles, não passam de esquemas grosseiramente simplificados.”

Além disso, para o educador Antonio de Sá, a prática regular do Xadrez favorece um DESABROCHAR das qualidades pessoais em níveis afetivos e cognitivos tornando-o uma atividade importante para o desenvolvimento EMOCIONAL e SOCIAL das pessoas.

Por fim…

Para fecharmos com a chave da inteligência citamos o Califa Abássida de Bagdá Harun Al Raschid ou Harune Arraxide (766-809) que recebeu a pergunta:

O que é o XADREZ?

E respondeu: O que é a VIDA?

Com a elevada criação do Califa, vamos ficando por aqui. O assunto não se esgota, podemos continuar ou voltar a ele. Dê sua opinião ou sugestão, afinal, é uma maneira de exercitar a mente.

Muito obrigado, contamos com você!

About the author

Lucas e Fatima

Fatima dos Santos Coelho, licenciada em Educação Física pela UFSM em 1976, sendo professora desde 1979 na rede estadual do RS. Juntamente com o Colégio Estadual Manoel Ribas sediou e organizou diversos eventos de xadrez do nível municipal até o brasileiro. Desde 2006, atua como professora e responsável pela Oficina de Xadrez do Colégio Fransciscano Sant'Anna em Santa Maria, RS. Lucas Monteiro Vendruscolo, vestibulando, professor/monitor da Oficina de Xadrez do Colégio Fransciscano Sant'Anna desde 2013. Criou o amor pelo jogo antes mesmo de saber ler e em 2006 entrou para a primeira turma da Oficina, sendo mais tarde convidado para ensinar juntamente com a professora Fatima.