Escalo as dunas movediças
de um cotidiano banal,
uma mente ainda faminta
de utopias
e velhas esperanças.
O relógio assombrado esmaga
frágeis planos de motins.
A nave entorpecida prossegue
sem rumo,
ao nada
e insisto em desvendar,
sem avançar,
o que deseja ficar perdido.
Pontos de fuga
da grande esfera sufocante.
Respirar o vácuo
em breve êxtase,
e voltar
ao torpor
de uma história de atores
sonâmbulos.
O Vate de Lunarkia.