Ando Lendo, Vendo, Ouvindo, Fazendo... By Jefferson Maleski / Share 0 Tweet Cinco indicações de coisas que andam se esbarrando durante este novembro, mesmo com tantas coisas atrapalhando o usufruto delas com a tranquilidade que eu gostaria. Seguem as dicas de livro, álbum, filme, série e loucura de disputa de escrita. A maioria, clássicos já ao nascerem. O livro (em andamento): O filho eterno, de Cristovão Tezza (Record, 2007) – O livro tá sendo o mais badalado do momento, por arrebatar os mais importantes prêmios literários do país e por fazer marmanjões chorarem iguais a menininhas. O livro do Tezza já ganhou os Prêmios da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), Jabuti de melhor romance, da Revista Bravo! e o Portugal Telecom. E podem anotar que não serão só estes não. O livro traz uma autobiografia ficcionada de Tezza, contada na 3ª pessoa, em que o protagonista rejeita o nascimento de seu filho, por ele ter Síndrome de Down. Até agora, senti o clima do anti-herói, em que o leitor não tem como não odiar o cara por ele odiar o filho. Vamos ver no que dá. Até agora não chorei. A música: Álbum Canções do Divino Mestre, vários artistas (Brasil, 1998) – Um cd duplo produzido por Rogério Duarte (um dos idealizadores da Tropicália) para acompanhar a tradução que ele fez do livro Bhagavad Gita, um dos clássicos da literatura hindu, há 10 anos. Como o livro e o cd não são mais encontrados para venda, por serem antigos e poucos quererem se desfazer dessa preciosidade, consegui comprar o livro usado na Estante Virtual e ganhar o cd no Poeira e Cantos. Ambos não existem mais no mercado, são raridades. Eu já li o Bhagavad Gita antes, mas em outra tradução. As 32 músicas são relacionadas a trechos do livro, e o ar de misticismo é muito gostoso. Os cantores são gente fraquinha, como Chico César, Gilberto Gil, Belchior, Tom Zé, Gal Costa, Arnaldo Antunes, Cássia Eller, Lenine, Elba Ramalho, entre outros. O filme: Sonhando Acordado "The Good Night" (EUA, 2007) – Uma ficção lindamente triste. O filme é uma mistura de Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (um dos melhores do Jim Carrey) e Vanilla Sky (um dos melhores do Tom Cruise). Conta a história de Gary (Martin Freeman), que com uma vida extremamente chata, passa a sonhar com uma mulher misteriosa (Penelope Cruz) que torna os seus sonhos melhores que a vida real. Gary procura a ajuda de um pseudo-psicólogo (Danny Devitto) para aprender como controlar e prolongar os seus sonhos. Conta ainda com participação de Gwyneth Paltrow no papel da esposa de Gary. Escolher entre a Penélope e a Gwyneth? Humm, sei não. A série (em andamento): Dexter, 3ª temporada (EUA, 2008) – Todos que me conhecem sabem que sou viciado em séries. Acompanho muitas delas e posso transitar naturalmente por quase todas. Atualmente, algumas das melhores, em minha modesta opinião, são: Lost, Prison Break, Dexter, Californication e House. A série Dexter é baseada nos livros homônimos sobre o perito em borrifos de sangue (profissão que deve existir só nos EUA) e que trabalha na Polícia de Miami, mas que na verdade também é um assassino. Mas ele é um assassino de assassinos. A 1ª temporada seguiu fielmente o primeiro livro, lançado no Brasil em julho e que já resenhei em meu blogue. A 2ª superou a 1ª. E a 3ª está indo no mesmo rumo por apresentar um promotor de justiça que descobre o segredo de Dex e mesmo assim, torna-se amigo dele. A loucura (em andamento): Nanowrimo (Internacional, 2008) – O National Novel Writer Month, ou Nanowrimo, é uma competição para se escrever 50 mil palavras durante o mês de novembro. Isso dá mais ou menos umas 5 páginas por dia no Word. Os ganhadores não levam fama nem dinheiro, só a satisfação de saberem que, se estipularem metas, conseguirão escrever um romance em um mês. Mas para isso algumas regras são necessárias, como a principal e mais difícil para mim: não editar o texto, escrever loucamente até atingir a meta. Depois, nos outros meses, você edita. Até agora estou em dia, e hoje (19/11) contabilizo mais de 32k (linguagem da competição para 32.000 palavras). E já me sinto um vencedor, nunca antes escrevi uma história de 80 páginas. Acredito que consiguirei atingir as 125. Se você achou a idéia interessante, este ano não dá mais tempo de participar (embora existam loucos que consigam), mas pense para o próximo ano. Quem sabe não é o que falta para você largar a preguicite de lado e mostrar os seus dotes de escritor? Enfim, estas são as minhas dicas de clássicos não tão clássicos, mas que pelo nível de qualidade e bom gosto, logo logo serão. Talvez daqui a alguns anos.