Demografia By José Eustáquio Diniz Alves / Share 0 Tweet A era do petróleo está com os dias (ou anos) contatos. O petróleo e demais fontes fósseis de energia são finitas, não-renováveis e poluidoras. O mundo já está chegando ao pico da exploração do chamado “ouro negro” e nas próximas décadas a participação do petróleo na matriz energética mundial vai declinar continuamente. Mas não precisamos esperar exaurir as reservas de petróleo, gás e carvão para iniciar uma mudança na matriz energética mundial e brasileira. Podemos desde já iniciar a utilização de fontes energéticas que estão à disposição da humanidade e que são infinitas, limpas e ecologicamente sustentáveis. A idade do petróleo pode acabar antes do fim de suas reservas. A civilização do petróleo, gás e carvão provocou um grande dano ecológico ao Planeta, como as mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global. Porém, a concentração de gases de efeito estufa vai continuar aumentando, mesmo com a redução da queima dos combustíveis fósseis. Assim, quanto mais rápido for feita a mudança da matriz energética, menores serão os custos de uma catastrófe ambiental. Felizmente, a natureza é prodiga em fontes alternativas de energia. Estas fontes sempre tiveram disponíveis para todos os seres vivos da Terra. O ser humano fez a opção errada de queimar o carbono que a natureza estocou por milhões de anos nas matérias orgânicas. Agora está na hora de corrigir o erro e começar uma nova Era, na qual a energia solar e a energia eólica vão se tornar as principais fontes de energia na Terra. A idade da pedra não acabou por falta de pedras. Podemos também abreviar o fim da era do petróleo. O Prêmio Nobel de Química de 1998, Walter Kohn, em palestra na Sociedade Americana de Química, disse que, na última década, a produção mundial de energia fotovoltaica multiplicou-se por um fator de 90, e a energia eólica por um fator de cerca de 10 vezes. Ele considera que crescimento dessas duas fontes energéticas inesgotáveis e limpas, deve se acelerar ainda mais na atual década, possibilitando o surgimento de uma nova era civilizacional, a “Era do Sol/Vento”. Esta Era já começou a ser construída. Por exemplo, no discurso sobre o Estado da União, dia 25/01/2011, o presidente Obama colocou como meta, para 2035, os Estados Unidos atingir 80% da produção de eletricidade por meio de energias renováveis. A Costa Rica quer ficar livre das energias fósseis nos próximos 15 anos e a Alemanha no máximo até 2050. A China, apesar da alta poluição interna, é o país que mais investe na produção de energia solar e eólica. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, em discurso no Fórum Econômico Mundial 2011 (WEF), de Davos, reforçou a necessidade de se fazer uma revolução na geração de energia para garantir a sustentabilidade ambiental: “Uma revolução global de energia limpa é essencial para minimizar os riscos climáticos, reduzir a pobreza, melhorar a saúde pública e incentivar o crescimento econômico”. O futuro da humanidade e da biodiversidade na Terra dependem do auto-controle humano. É preciso uma redução das atividades antropogênicas. A maior ameaça do século XXI é o aquecimento global. Mudar o padrão de produção e consumo que polui e degrada o Planeta é uma tarefa urgente. Sem energia renovável até as esperanças se esgotam. Criar a civilização do sol/vento é uma grande contribuição para se evitar o fim da existência de boa parte das espécies de vida na Terra.