– Sabe a primeira coisa que eu faria se fosse imperador ultra-mega-supremo do Brasil?
– Mandaria arrancar as cordas vocais do Agnaldo Timóteo?
– Não. Essa seria a terceira coisa. Talvez a segunda.
– Não me espanta. Você nunca soube escolher bem suas prioridades.
– Como assim?
– Eu lembro bem das suas calças naquele dia que você tinha sede e precisava mijar urgentemente. E não sabia o que fazer primeiro.
– Ah, mas o filtro tava no caminho para o banheiro. De qualquer forma, deixa eu falar. Sabe o que eu faria se fosse o imperador mega-ultra-supremo do Brasil?
– Não era imperador ultra-mega-supremo?
– Que seja.
– Deixa eu chutar! Você mudaria seu nome para mega-ultra-D.-Pedro III?
– Não. Eu mudaria o nome da rua Brigadeiro Luís Antônio para rua Pudim de Leite Luís Antônio. Acho que, de Brigadeiro, já basta a Faria Lima. Pensei também em Pé-de-Moleque Luís Antônio, Quebra-Queixo Luís Antônio e Saguzinho Totoso Luís Antônio. Mas conclui que Pudim de Leite ficaria mais gostoso.
– Saguzinho Totoso?
– É. Só Sagu Luís Antônio ficaria muito seco. De qualquer forma, será Pudim de Leite.
– Bom, mas para isso você não precisaria ser imperador mega-ultra ou o que quer que seja do Brasil. Bastava ser dono de São Paulo.
– Eu sei, mas tenho mais planos. Depois de mudar o nome da Brigadeiro e arrancar as cordas vocais do Agnaldo, eu mudaria o nome da cidade Engenheiro Beltrão. Não gosto dele.
– E colocaria o que no lugar?
– Policial Rodoviário Borges.
– Quem é esse?
– Sei lá. Mas também não tenho a menor idéia de quem é Engenheiro Beltrão e mesmo assim tem uma cidade com o nome dele no Paraná.
– Telemaco Borba e Cornélio Procópio.
– O que tem?
– Você podia mudar também, não? Cada nomezinho mais ridículo.
– Não sei se poderia. Acho que os familiares poderiam ficar bravos.
– E os familiares do Beltrão não ficariam?
– Acho que ele não tinha parentes.
– Tô com medo da resposta, mas devo perguntar. Por que você acha que ele não tinha parentes?
– Se você fosse filho, esposa, irmã ou até mesmo tia de um engenheiro e ele chamasse Beltrão, você permitiria que batizassem uma cidade de “Engenheiro Beltrão”, expondo ao Brasil todo um nome tão ridículo? Uma praça, e bem pequena, seria o ideal. Seria uma homenagem, mas bem pequena e reservada.
– Hummm. Tem razão. Ele não devia ter parentes. Na verdade, se bobear, ele nem existiu. Parece nome de personagem do Monteiro Lobato. Tipo o primo distante do Visconde de Sabugosa ou do Marquês das Águas Claras.
– Pois é. Mas antes preciso da um jeito de virar imperador mega-ultra-supremo do Brasil. Como faço?
– Sei lá. Manda um e-mail para o Lula pedindo. Ou vai se consultar com algum dos Orleans em Bragança. Eles têm experiência em querer ser alguma-coisa-qualquer-que-seja-o-título-de-nobreza-do-Brasil. Aí é só você ouvir bem o que eles têm a dizer e fazer exatamente o contrário, já que em tantos anos eles nunca conseguiram lá coisa muito expressiva.
– Boa. Onde encontro eles?
– Acho que vivem em Petrópolis.
– Excelente. No caminho já vou pensando que nome vou por nessa Petrópolis quando meu plano der certo. Não será possível manter um nome em homenagem a D. Pedro, já que eu serei seu sucessor.
– Não entendi a lógica.
– Ah, quero mudar porque quero. E ponto.
– Certo. Então põe algo relativo a seu nome.
– Pensei em algo melhor: Bigmaclândia.
– Por que Big Mac é o lanche que você mais gosta?
-Não. Eu gosto mais de cheddar, mas achei que CheddarMacMeltilândia ficaria muito anglicista.
– Sabe a primeira coisa que eu faria se fosse imperador ultra-mega-supremo do Brasil?
– Mandaria arrancar as cordas vocais do Agnaldo Timóteo?
– Não. Essa seria a terceira coisa. Talvez a segunda.
– Não me espanta. Você nunca soube escolher bem suas prioridades.
– Como assim?
– Eu lembro bem das suas calças naquele dia que você tinha sede e precisava mijar urgentemente. E não sabia o que fazer primeiro.
– Ah, mas o filtro tava no caminho para o banheiro. De qualquer forma, deixa eu falar. Sabe o que eu faria se fosse o imperador mega-ultra-supremo do Brasil?
– Não era imperador ultra-mega-supremo?
– Que seja.
– Deixa eu chutar! Você mudaria seu nome para mega-ultra-D.-Pedro III?
– Não. Eu mudaria o nome da rua Brigadeiro Luís Antônio para rua Pudim de Leite Luís Antônio. Acho que, de Brigadeiro, já basta a Faria Lima. Pensei também em Pé-de-Moleque Luís Antônio, Quebra-Queixo Luís Antônio e Saguzinho Totoso Luís Antônio. Mas conclui que Pudim de Leite ficaria mais gostoso.
– Saguzinho Totoso?
– É. Só Sagu Luís Antônio ficaria muito seco. De qualquer forma, será Pudim de Leite.
– Bom, mas para isso você não precisaria ser imperador mega-ultra ou o que quer que seja do Brasil. Bastava ser dono de São Paulo.
– Eu sei, mas tenho mais planos. Depois de mudar o nome da Brigadeiro e arrancar as cordas vocais do Agnaldo, eu mudaria o nome da cidade Engenheiro Beltrão. Não gosto dele.
– E colocaria o que no lugar?
– Policial Rodoviário Borges.
– Quem é esse?
– Sei lá. Mas também não tenho a menor idéia de quem é Engenheiro Beltrão e mesmo assim tem uma cidade com o nome dele no Paraná.
– Telemaco Borba e Cornélio Procópio.
– O que tem?
– Você podia mudar também, não? Cada nomezinho mais ridículo.
– Não sei se poderia. Acho que os familiares poderiam ficar bravos.
– E os familiares do Beltrão não ficariam?
– Acho que ele não tinha parentes.
– Tô com medo da resposta, mas devo perguntar. Por que você acha que ele não tinha parentes?
– Se você fosse filho, esposa, irmã ou até mesmo tia de um engenheiro e ele chamasse Beltrão, você permitiria que batizassem uma cidade de “Engenheiro Beltrão”, expondo ao Brasil todo um nome tão ridículo? Uma praça, e bem pequena, seria o ideal. Seria uma homenagem, mas bem pequena e reservada.
– Hummm. Tem razão. Ele não devia ter parentes. Na verdade, se bobear, ele nem existiu. Parece nome de personagem do Monteiro Lobato. Tipo o primo distante do Visconde de Sabugosa ou do Marquês das Águas Claras.
– Pois é. Mas antes preciso da um jeito de virar imperador mega-ultra-supremo do Brasil. Como faço?
– Sei lá. Manda um e-mail para o Lula pedindo. Ou vai se consultar com algum dos Orleans em Bragança. Eles têm experiência em querer ser alguma-coisa-qualquer-que-seja-o-título-de-nobreza-do-Brasil. Aí é só você ouvir bem o que eles têm a dizer e fazer exatamente o contrário, já que em tantos anos eles nunca conseguiram lá coisa muito expressiva.
– Boa. Onde encontro eles?
– Acho que vivem em Petrópolis.
– Excelente. No caminho já vou pensando que nome vou por nessa Petrópolis quando meu plano der certo. Não será possível manter um nome em homenagem a D. Pedro, já que eu serei seu sucessor.
– Não entendi a lógica.
– Ah, quero mudar porque quero. E ponto.
– Certo. Então põe algo relativo a seu nome.
– Pensei em algo melhor: Bigmaclândia.
– Por que Big Mac é o lanche que você mais gosta?
-Não. Eu gosto mais de cheddar, mas achei que CheddarMacMeltilândia ficaria muito anglicista.
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