Dois Vezes Um By Rafael Reinehr / Share 0 Tweet — Tu não é o Diabo nem a pau. — Duvidas de mim, pobre-diabo? — Espera aí. Mas você está dizendo que o Diabo sou eu ou é você? — Isso é só uma expressão. Eu sou o Diabo, e tu és o pobre-diabo. Ou burro. Ou pobre-burro, melhor. — Eu posso ser burro. Ou pobre-burro. Mas tu não é o Diabo nem a pau. — Peças qualquer coisa e eu provo. —… — Tu não é o Diabo nem a pau. — Duvidas de mim, pobre-diabo? — Espera aí. Mas você está dizendo que o Diabo sou eu ou é você? — Isso é só uma expressão. Eu sou o Diabo, e tu és o pobre-diabo. Ou burro. Ou pobre-burro, melhor. — Eu posso ser burro. Ou pobre-burro. Mas tu não é o Diabo nem a pau. — Peças qualquer coisa e eu provo. — Mas e o que você vai querer em troca? — Tua alma. É o de praxe. Pelo regulamento eu nem posso pedir outra coisa. — Pois bem. Então eu quero ser o Diabo. — Mas se eu fizer com tu sejas o Diabo e eu ficar com tua alma, então tu serás o Diabo e eu, o pobre-diabo. — Sem contar burro. — Que Diabo! Tu vais é para o Inferno. Leia no blog de origem: Dois vezes Um