Ao me referir à CIÊNCIA tenho sempre em mente aquela bem fundamentada, que sustenta a VERDADE e é construída através de métodos consistentes. Mas, como quase toda grande complexidade, também a CIÊNCIA não escapa às deturpações. O jargão “cientificamente provado”, que ao meu ver apenas faz alusão às proporções que tomou a CIÊNCIA na nossa sociedade, independente de suas crenças, é um bom exemplo de distorção conceitual. Obviamente, nem tudo o que se faz em nome da CIÊNCIA é CIÊNCIA, bem como nem tudo que se faz em nome DEUS é DIVINO. Apropriam-se do peso de seu nome para difundir aleivosias – e, diga-se de passagem, a estatística pode ser poderosa ferramenta nesta artimanha.
Outro passo para distinção entre CIÊNCIA e ciência, este em nível mais prático, é o questionamento a respeito da fonte de informação dita CIENTÍFICA. Que fonte é esta? Quem realizou o experimento? Que método foi aplicado? Utilizou-se uma amostragem representativa? Infelizmente nem sempre se tem acesso a todas essas informações, em especial nos meios comuns de divulgação. Com isso, através da mídia, oportunistas mal intencionados se lançam como CIENTISTAS, manipulando as opiniões da massa e tirando proveitos individuais, em geral econômicos, fazendo ciência em nome da CIÊNCIA.
Daí a grande importância em saber diferenciá-las, para sermos capazes de nos libertar das teias do engano. Contudo, tanto para se entender os preceitos da CIÊNCIA quanto para se combater a ciência, é necessário o desenvolvimento da capacidade crítica! E esta só se alcança através da CULTURA.