As projeções populacionais da ONU para 2100


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A divisão de população das Nações Unidas (ONU) atualizou em maio de 2011, em seu site, os dados demográficos e os primeiros resultados das novas projeções de população – revisão 2010 – que cobrem o período que vai de 1950 a 2100.

A população mundial que era de 2,52 bilhões de habitantes, em 1950, passou para 6,87 bilhões de habitantes em 2010 e deverá chegar a 10,16 bilhões em 2100, segundo a projeção média. Nos 60 anos entre 1950 e 2010 a população mundial cresceu 172% e nos próximos 90 anos, entre 2010 e 2100, o crscimento demográfico mundial deverá ficar em 50%. Portanto, o ritmo de crescimento da população mundial está diminuindo, mas o mundo terá mais 3 bilhões de pessoas até o fim do século XXI.

A população brasileira que era de cerca de 191 milhões de habitantes em 2010 deverá atingir um pico de cerca de 220 milhões por volta do ano de 2030, e depois iniciar um suave declínio até cerca de 180 milhões de habitantes em 2100.

A população da China que era de 551 milhões de habitantes, em 1950, chegou a 1,341 bilhão em 2010, deverá atingir um pico de 1,396 bilhão por volta do ano de 2025, e depois iniciar um grande declínio até atingir 944 milhões de habitantes em 2100.

A população da Índia que era de cerca de 372 milhões de habitantes, em 1950, chegou a 1,223 bilhão em 2010, deverá atingir um pico de 1,720 bilhão por volta do ano de 2060, e depois iniciar um leve declínio até atingir 1,557 milhões de habitantes em 2100. Portanto, a Índia deverá ter mais de 600 milhões de habitantes do que a China no final do século XXI.

Já a população do Japão que era de 82 milhões de habitantes em 1950, passou para 127 milhões em 2010 e deverá cair até ficar com 91 milhões de habitantes em 2100. Ou seja, no final de 150 anos a população do Japão será quase do mesmo tamanho.

No extremo oposto, há o caso da Nigéria que tinha uma população de 38 milhões de habitantes em 1950, passou para 158 milhões em 2010, e deverá alcançar 756 milhões de habitantes em em 2100.

Não existe consenso na literatura quanto aos efeitos do crescimento populacional sobre o meio ambiente e sobre a qualidade de vida de uma população em constante crescimento. Alguns autores vislumbram perspectivas catastróficas se nada for feito para estabilizar a população e salvar o meio ambiente. Outros autores consideram que os avanços científicos e tecnológicos tem sido capazes de sustentar uma população cada vez maior e que consome cada vez mais, em quantidade e em qualidade.

No link abaixo temos um exemplo de uma perspectiva otimista da relação entre população e desenvolvimento:

“David Lam. How the World Survived the Population Bomb: Lessons from 50 Years of Exceptional Demographic History, 2011”
http://www.psc.isr.umich.edu/events/archive/2011/paa/david_lam.html

Neste outro link temos um exemplo de uma perspectiva pessimista da relação atual entre população e desenvolvimento:

“Lester R. Brown. World on the Edge: How to Prevent Environmental and Economic Collapse, 2010”
http://www.earth-policy.org/books/wote

Contudo, o mundo é um só, e tanto os pessimistas quanto os otimistas precisam juntar forças para a construção de um mundo melhor e mais justo. O importante é que o debate das diversas perspectivas teóricas não paralise as ações no sentido de mitigar o aquecimento global, garantir os direitos da biodiversidade, recuperar os recursos naturais e possibilitar uma vida humana com mais bem-estar e em harmonia com a natureza.

Referências:
UN/ESA: Expert Group Meeting on Recent and Future Trends in Fertility, New York, 2-4 December 2009
http://www.un.org/esa/population/meetings/EGM-Fertility2009/egm-fertility2009.html
UN/ESA. World Population Prospects: The 2010 Revision, http://esa.un.org/unpd/wpp/index.htm

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José Eustáquio Diniz Alves