Não há muito o que se dizer num sete de setembro pós-incêndio do Museu Nacional e pós-atentado contra um candidato a presidente, ainda que este candidato seja um fascista.
Não apenas pelos acontecimentos em si, mas também por causa das reações que suscitaram.
Estamos em maus lençóis.
Resta torcer para que a vindoura guerra civil tenha um número relativamente baixo de danos colaterais.
Boa sorte aos que se farão de soldados. Que vivam em tempos interessantes, como dizem os chineses, porque é isso o que buscam.
Numa página de Elogio da Sombra, de Jorge Luis Borges, está impresso o Fragmentos de um evangelho apócrifo. No versículo 9 lemos: Bem-aventurados os mansos, porque não condescendem com a discórdia. Penso que aqueles que estão armando-se de guerreiros escarnecerão dele porque desde há muito impediram-se de compreendê-lo.