Mar sem fim

Estou aqui pra te situar sobre quem sou. Revelar os segredos do mágico. Se tiveres gosto pela descoberta lenta e inexorável, se preferires acompanhar o presente, o futuro e desvendar o passado, volte para a página principal. Se bem que podes achar que me conheces e, ainda assim, descobrires algo mais.. A escolha é tua.

Estou aqui pra te situar sobre quem sou. Revelar os segredos do mágico. Se tiveres gosto pela descoberta lenta e inexorável, se preferires acompanhar o presente, o futuro e desvendar o passado, volte para a página principal. Se bem que podes achar que me conheces e, ainda assim, descobrires algo mais.. A escolha é tua.

Nasci Eduardo em 1974, uma Quarta-Feira de Cinzas às 4h35. Quase nasci Heleno, fosse pelo meu pai – em homenagem a um hoje esquecido jogador do Palmeiras. Graças a Deus tenho Mãe… e sou corinthiano! Ao contrário da maioria, não nasci só. Cinco minutos antes de mim veio minha Irmã. E juntos estamos até então: eu, ela e Mamãe.

Gosto de meninos. Não “estou”, nem “me descobri” gay. Sempre gostei de meninos. Desde a mais tenra idade. E nunca – eu disse NUNCA – me achei errado, pecando ou qualquer coisa do gênero por sê-lo. Mas tãopouco sou burro e percebi desde cedo que era melhor ficar na minha. E continuo no armário. Que tem portas abertas.

Não tenho trejeitos ditos afeminados. Nada contra os que assim se portam, nada mesmo! Admiro sua coragem que nos vem permitindo uma maior aceitação. Mas não o sou. Contudo quem se detiver para olhar só não percebe se não quiser. Nunca menti, nunca me fingi atraído por mulher, nunca tive namorada. E se me perguntarem, eu respondo. Talvez até responda de maneira jocosa, a fim de deixar a dúvida. Mentir, não minto. E a cada dia tenho mais vontade de escancarar de vez.

Em outras palavras: Irmã sabe, Mãe não sei se sabe ou se apenas não pergunta. Esta já foi mais contrária à coisa toda, mas parece estar se acostumando… Pai não sabe de nada – divorciados desde os meus 12 anos, o que de forma quase alguma influenciou meus desejos. Já os tinha. Com ele, o convívio é mínimo e se resume a telefonemas esporádicos. Não temos muito a ver, nunca tivemos. Então é difícil uma maior aproximação. Mas não há mágoas de qualquer parte.

Desde pequeno já tinha atração por homens. Pequeno = 5 anos de idade, que é o mais longe que me lembro. Na infância, as únicas experiências que tive foram os chamados “troca-trocas” com os amiguinhos. Algo que foi cortado em pouco tempo, quando os pais (éramos um bando grande…) descobriram. Para a maioria, uma curiosidade sexual. Para mim, uma oportunidade.

Tive outras, durante a adolescência. Queria um amor. Como ele não veio (ainda não existia a internet para me livrar dos medos), acabei transando com um amigo somente aos 22. Isso inclui o primeiro beijo, não inclui a primeira penetração. De lá pra cá, muita coisa mudou. Sou mais seguro, sou mais atrevido.

Adoro cinema! Vou menos do que poderia (e aí entram em cena os DVDs, sofás e pipoca, pra compensar). Adoro ficção e filmes mais inteligentes/surpreendentes (Memento, anyone? Spotless Mind?). Acompanho vários seriados de tv e o meu favorito no momento é Battlestar Galactica (ou “Balática”, pros íntimos). Adoro sonhar (dormindo e acordado). Adooooro ler! Livros, revistas, jornais velhos. Ultimamente, leio mais blogs que qualquer outra coisa, porque também me fascinam as histórias reais. Música! Nas nacionais a dificuldade em gostar de algo novo tanto quanto os Clássicos do meu passado: Legião Urbana, Paralamas, Kidão, Titãs, Skank (Cosmotron)… Já nas internacionais sou mais aberto, Linkin’ Park foi a última boa surpresa. E U2, Phil Collins, Queen, Madonna, etc., etc. Sou um pequeno nerd, enfim, que curte tardes de sol em parques ou pousadas e muito carinho quando a noite cai.

Não bebo, não fumo, não cheiro. Alguns dos motivos de eu não freqüentar bares e boates gays (ou não). O outro motivo é o sono. Nunca perderia uma tarde de sábado dormindo apenas para estar pronto pra uma noitada. Nunca diga nunca – tudo depende. Com um grupo bacana de amigos, topo qualquer coisa. Só não me culpem se eu dormir em cima da mesa. Já fui em sauna gay algumas vezes, mas só para tomar banho mesmo (e conhecer). Nessa área de romance, estou bem servido.

Namoro o Bichinho desde 26 de fevereiro de 2000. Me dei esse presente naquele ano. Presente caro: tivemos um começo (4, 5 anos) bastante difícil para mim. Mais ainda para ele. A isso os médicos chamam “depressão”. É realmente o mal do século. Pois sobrevivemos e felizmente o que não nos mata, nos fortalece. Agora estamos bem, muito bem! Agora ele me ama de verdade. E espero conseguir morar junto dele o mais rápido possível, assim que conseguir quitar o apartamento onde moro desde 2002.

Não posso escrever muito sobre ele. Tento respeitar sua privacidade. Pra falar de si ele também tem um blog. Que no entanto não fala muito de si. Ele é um excelente papo, uma matraca desinibida. À mão falta treino.

Eu o amo.

Minha mente pensa muito distintamente do meu coração. Minha mente não conhece a traição. Já o coração é ciumento, embora nunca escandaloso. E muito menos me permitiria terminar um relacionamento de amor por conta de sexo com terceiros. Traição, para mim, é deixar de ser carinhoso, de amar, de respeitar seu parceiro por causa de outra pessoa. Se for uma transa sem mais delongas, é apenas isso. Já o sangue , este ferve no peito só de imaginar… Já fui “traído” uma vez, no sentido novelesco da coisa. Doeu. Uma noite inteira sem dormir. Na manhã seguinte, manhã de uma primeira viagem a sós com essa pessoa, resolvi que ganhava mais deixando isso de lado e aproveitando o passeio e a companhia. E tomamos o trem. Também já “traí”, no mesmo sentido novelesco. Mas nunca no sentido que eu dou à expressão. Nunca traí um coração.

Eu vivo no meio desse embate entre razão e emoção, desejando nunca fazer besteira caso algo assim se apresente de novo, desejando domar a fera. E lá se vão as unhas, roídas (inclusive as do pé – sou bastante flexível).

Prefiro homens mais maduros. Por terem cara e corpo de homens, não de meninos. Nenhuma regra é isenta de exceção, entretanto. Preferência também para os chamados ursos ou, pelo menos, nada muito pele-e-osso.

Detesto preconceitos de qualquer espécie. Políticos, religiosos, esportivos, físicos, morais, raciais, habituais, sexuais, o que seja. Considero aberração ainda maior o “roto falando do rasgado”: gay xingando negro que xinga judeu que xinga deficiente. Ou, tanto pior, o “fogo amigo”: gay “barbie” fazendo careta pra “urso” que cospe no pé de “efeminado”. Não que não os tenha às vezes, entretanto esse é um aspecto humano que eu considero COMPLETAMENTE ABJETO.

Tenho minha opinião política que não mais discuto para não perder amizades. A quem interessar: mais pra esquerda. Prefiro transporte público a pontes e viadutos.

Venho desenvolvendo uma mania estranha: trabalhar com fones-de-ouvido nos ouvidos, sem estar ouvindo nada (sem música/som). Orelhas ficam quentinhas e povo não perturba muito, achando que não os estou escutando.

Trabalho com sistemas (informática) para uma multinacional. Trabalho na mesma Empresa desde que comecei em 1989. Gosto daqui. Gosto de informática, mas não tanto de sistemas. Foi a vida que me empurrou – e eu até sou grato: salário não é ruim, já viajei muito e continuo. Até morei fora, sozinho, em 2001. Prefiro mesmo é casar…

Sou muuuuito bacana, sou mesmo! Sou calmo, caseiro, tímido às vezes. E outras vezes sou birrento, vingativo, sarcástico. E venho aprendendo a defender meus direitos de consumidor com maestria. Valho a pena e meus Amigos são grandes tesouros na minha vida. Dizem eles até que escrevo bem, olhe só… Mas às vezes lhes deixo com dor-de-cabeça, escrevendo em “criptografias” as coisas que só interessam a mim. Não busco fama, fãs, leitores. Usualmente só faço referência a meu espaço nos primeiros comentários em um novo blog. Se o dono quiser me visitar e gostar, que me cadastre. Sem alarde, sem ressentimentos. Os blogs que adiciono são os que efetivamente leio. Nem sempre com freqüência. Sempre com carinho e atenção. Ler pra bater-ponto não é comigo. E leio direto no blog – não uso agregadores, RSS, nada. Não ligo pra quantidade de visistas nem de onde elas vêm. Fico imensamente feliz com cada uma delas.

Escrevo diariamente (dias úteis e alguns inúteis…) desde 01/01/2003. Já passei por meia dúzia de blogs, mais por vontade de experimentá-los todos, trocar de layout que por qualquer outro motivo. Das três coisas da vida, só me falta fazer um filho, caso todos esses anos possam ser considerados um livro. A árvore já plantei.

Sou normal, enfim, mas com genialidade. E modéstia.

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Eduardo Beijo