Xadrez: a Disputa entre Gerações


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Ainda lembro do motivo que me levou a iniciar nas artes do xadrez. Foi o meu pai que me ensinou as regras do jogo, só que eu nunca conseguia vencer, ganhava dos meus amigos mas nunca nem fazia um arranhão sequer nele. Quando ele era jovem, costumava jogar com os amigos dele…senti na pele a diferença de idade! Então, estava um dia no clube quando descobri que havia uma sala de xadrez. Passei a frequentar aquele lugar sempre que podia, observava fascinado o jogo dos reis…

Pais e Filhos

Ainda lembro do motivo que me levou a iniciar nas artes do xadrez. Foi o meu pai que me ensinou as regras do jogo, só que eu nunca conseguia vencer, ganhava dos meus amigos mas nunca nem fazia um arranhão sequer nele. Quando ele era jovem, costumava jogar com os amigos dele…senti na pele a diferença de idade!

Então, estava um dia no clube quando descobri que havia uma sala de xadrez. Passei a frequentar aquele lugar sempre que podia, observava fascinado o jogo dos reis. O professor, vendo meu interesse, me convidou a assistir umas aulas. À partir daquele dia eu treinei, treinei e treinei bastante com o único propósito de vencer meu pai. Disputei com adversários valorosos, outros nem tanto, perdi e ganhei várias partidas. Algumas foram bem desonrosas, enquanto outras foram dignas de Sun Tzu. Eu estava num nível muito elevado, compreendia todos os preceitos básicos, conhecia uma série de técnicas e um razoável conhecimento de partidas anteriores e suas soluções, demonstrava todos as regras de cavalheirismo enxadrístico e também já compreendia e fazia uso do jogo psicológico durante e fora das partidas. Foi nessas condições que desafiei novamente…meu pai. A partida aparentemente foi equilibrada no início, mas na verdade eu estava sutilmente posicionando minhas peças de forma a ganhar vantagem no desenvolvimento do jogo. É claro que durante a partida, pude conhecer os critérios que ele usava para tomar decisões, aos poucos fui aprendendo como funcionava aquela mente que vivia me limitando e restringindo…fiz a mesma coisa com ele no jogo, limitei seus movimentos de forma a deixá-lo sem saída. Ele, antevendo meus movimentos, abandonou a partida honrosamente, reconhecendo sua derrota iminente. Naquele momento, senti uma satisfação imensa pois havia vencido meu pai, a reencarnação do espírito opressor…mas, foi só por aquele instante, porque concluído meu objetivo perdi a motivação para jogar. Foi a vitória de uma criancinha birrenta que queria provar para seus pais que já tinha capacidade de pensar por si só… Naquela tarde, jogamos várias vezes, conversamos de igual para igual, pois ele havia entendido que eu também já percebia e tinha capacidade da analisar as mesmas coisas…
Mas eu perdi a motivação de competir, mas essa estória fica para um outro dia…

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Luiz Azuma