Hypocrisis Uncategorized By Luiz Afonso Alencastre Escosteguy / Share 0 Tweet Estava iluminado quando escolhi não votar em Bolsonaro? Não. Quem votou em Bolsonaro estava nas trevas? Não. As escolhas politicas não são feitas, para grande maioria das pessoas, senão para a totalidade das pessoas, pela razão pura ou por simples paixão, mas pela fé. E como diz o ditado, a fé é cega. Não por outra razão encontramos, ainda hoje, defensores do Bolsonaro. Gente que já pode observar que razão alguma assiste ao seu desgoverno e que até já perdeu o tesão das eleições, mas que segue, pela fé, acreditando que ele é “O Mito”. À parte uma minoria de fiéis que tão somente se aproveita do momento para fazer uma cruzada santa em nome do Mito e busca implantar no Brasil um modelo muito particular da Santa Inquisição católica medieval, a grande maioria dos bolsonaristas está sofrendo um luto. O luto derivado da constatação de que foram enganados por uma mídia que soube manipular a morte de outro mito, o mito Lula. A razão. Toda a história de vida de Bolsonaro e sua família é conhecida há mais de 30 anos. Milicianos comandados por um pai absolutamente inútil politicamente. Adiantou mostrar com todas as letras do alfabeto essa realizade? Não. A paixão. Pessoas foram mobilizadas, com uma eficácia poucas vezes vista nesse país, ao ódio extremo contra uma pessoa – e por tabela a tudo quanto representava, incluindo seu partido – até então – e ainda hoje – admirada e respeitada mundo afora. A manipulação de massas é ciência e foi praticada com maestria. Exemplos há de sobra, no tema, nas religiões monoteístas e nas mitologias formadoras no nosso modo ocidental de ser. Destruir um mito para colocar outro no seu lugar. Algo tipo “o Rei morreu, viva o Rei”. A fé. É o que sobra para quem segue os ditos mitos, Lula e Bolsonaro. Nem luz nem trevas. Vivemos em uma penúmbra. E, pior, sem perspectiva alguma.