Bipolosofando By Marcos Cruz / Share 0 Tweet Após algum tempo de inatividade, eu retorno e talvez desagrade algumas pessoas, pois estarei interrompendo a série sobre bipolaridade. A causa, a meu ver é bastante justa e muitos terão a oportunidade de me conhecer em meu período hipomaníaco, onde costumo ser bastante cáustico e destilo veneno por todos os poros quando tenho motivos para ficar irritado. E tenho este motivo, os vilões e alvos de minha insatisfação são a epidemia de dengue e a prefeitura do Rio de Janeiro. Trago neste artigo alguns dados que deveriam vir à tona neste momento, mas que a mídia carioca insiste em deixar paa trás como se não tivessem relação direta com o que está ocorrendo aqui no município. Causa a impressão que esta omissão proposital de informações seria em virtude da proximidade das eleições, o que ao meu ver é uma atitude extremamente incopatível com o discurso de "liberdade de imprensa". Que "liberdade" é essa onde a própria imprensa se auto-censura? Liberdade para eles (grande mídia), é o que parece. Após algum tempo de inatividade, eu retorno e talvez desagrade algumas pessoas, pois estarei interrompendo a série sobre bipolaridade. A causa, a meu ver é bastante justa e muitos terão a oportunidade de me conhecer em meu período hipomaníaco, onde costumo ser bastante cáustico e destilo veneno por todos os poros quando tenho motivos para ficar irritado. E tenho este motivo, os vilões e alvos de minha insatisfação são a epidemia de dengue e a prefeitura do Rio de Janeiro. Trago neste artigo alguns dados que deveriam vir à tona neste momento, mas que a mídia carioca insiste em deixar paa trás como se não tivessem relação direta com o que está ocorrendo aqui no município. Causa a impressão que esta omissão proposital de informações seria em virtude da proximidade das eleições, o que ao meu ver é uma atitude extremamente incopatível com o discurso de "liberdade de imprensa". Que "liberdade" é essa onde a própria imprensa se auto-censura? Liberdade para eles (grande mídia), é o que parece. O título pode até ser engraçado, foi criado para chamar a atenção, é claro. Mas a situação é muito séria. Eu contraí Dengue pela terceira vez e desta fiquei internado pois foi do tipo hemorrágica, com direito à sangramento nas gengivas e etc. Eu iria escrever este artigo há alguns dias atrás, porém, já saí da intenação infectado com uma virose e transformei minha casa em um verdadeiro hospital, onde todos cuidavam de todos, pois contaminei a família inteira. Não bastasse neste momento estou cuidando de minha filha que acabou por também contrair Dengue pela segunda vez. Estou indignado, pois esta era uma tragédia anunciada, sanitaristas, técnicos da Fiocruz, o próprio Ministério da Saúde em 2007 e outros especialista já haviam alertado sobre esta epidemia. O mais trágico, é ter que houvir o Prefeito e seu Secretário de Saúde insistirem em dizer que "não é epidemia, é APENAS um surto…". É um absurdo este senhor querer insinuar que a responsabilidade dessa epidemia é da população como se o povo criasse mosquitos como animais de estimação. Ele deveria ser lembrado que os focos de vetores estão diretamente ligados à questão do saneamento básico, que seu controle e eliminação são de responsabilidade da prefeitura, que recebe verba específica para isto. A dengue diminuiu 40% em todo o Brasil e teve um aumento absurdo de 100% no Rio de Janeiro e o Prefeito "factóide" tem a cara-de-pau de dizer que os hospitais estão cheios de pacientes vindos de outros muinicípios. O Rio de Janeiro é o Município que recebe a maior verba do Ministério da Saúde em todo o país, recebeu em 2002 uma frota de 218 carros da FUNASA para serem usados no combate à dengue. Destes uns poucos estão sendo usados, outros simplesmente sumiram e o que resta está abandonado em local aberto servindo de criadouro de mosquitos. Outra questão é a baixa implementação das equipes de saúde da família que aqui no Rio de Janeiro atinge apenas parcos 8% da população. A prefeitura não planejou nenhuma ação direta ou programa de trabalho específico contra a dengue no Orçamento de 2007, embora tenha previsto R$ 37 milhões para "ações indiretas", o que já é um absurdo visto que havia a previsão de epidemia. No dia 24 de janeiro de 2008, antes mesmo da epidemia ser reconhecida pelas autoridades mais responsáveis na área de saúde – excluindo, claro, a prefeitura do Rio -, a imprensa alternativa alertou para o fato de que o prefeito César Maia, por meio de seu secretário de saúde à época, não executou ou desviou para outras áreas os recursos que deveriam ir para o controle de vetores – incluindo o mosquito da dengue Segundo um relatório do controle de vetores, no exercício de 2006 23% do recurso transferido no próprio exercício (até dezembro), por meio da rubrica Teto Financeiro de Vigilância em Saúde (TFVS), não foram liquidados (utilizados) pela prefeitura. Desceram e simplesmente foram devolvidos, por incompetência gerencial. Um montante de aproximadamente cinco milhões e meio de reais deixaram de ser utilizados, considerando-se a parcela transferida já no mês de janeiro, referente ao mês de dezembro de 2006. A imprenssa carioca parece ter esporadicamente surtos de "amnésia" (deve ser a dengue) e esquece de publicar na atual crise que o prefeito Cesar Maia não executou ou desviou diretamente 38% do dinheiro que serviria para combater o Aedes aegypti (pouco mais de 15 milhões de Reais) e apesar do problema continuar como podemos ver nas manchetes diárias, ninguém questiona a Secretaria Municipal de Saúde sobre o orçamento mal utilizado. Quem libera e transfere a verba é o Governo Federal e Estadual, porém quem tem a obrigação legal de gerir, alocar e utilizar esta verba de forma correta é a Prefeitura, a epidemia é no Rio de Janeiro, começou aqui em virtude da má gestão da prefeitura na área da saúde, é claro que neste momento todas as esferas devem participar da solução do problema, porém não podemos nos deixar enganar pelas notícias falaciosas. A prefeitura é a principal responsável por esta epidemia que está assolando o Rio de Janeiro que já tem problemas sérios de criminalidade, exclusão social, baixo nível de ensino e etc. Se esta mesma imprensa houvesse feito as denúncias, pois ela detinha estas informações, talvez não estivéssemos passando por esta epidemia, pois a prefeitura teria que utilizar da maneira correta a verba destinada ao combate à dengue e à saúde. Não dá para discutir com números, são dados que estão na mídia, muitos deles escondidos, pois parece que ele é um dos "preferidos" dos donos dos grandes meios de comunicação que preferem a parcialidade criminosa em detrimento da saúde da população. No embalo, peço desculpas pelo período de inatividade da seção.