Agora sim, dança de rua

Não é novidade nenhuma a existência desse estilo, dança de rua. No entanto, qual o motivo de esta não ser uma modalidade reconhecida como dança técnica? A dança de rua, ou street dance, é uma das modalidades que mais atraem os jovens ultimamente. Seja pelo caráter despojado do estilo, seja pela história de luta e conquista por trás dos movimentos.

A dança de rua surgiu nos EEUU por volta do ano de 1929, com a influência negra no ritmo, como forma de ganhar dinheiro em meio à crise financeira que assolava o país. Mas, foi a partir da década de 70 que o movimento ganhou força e expandiu-se para outras àreas de manifestações culturais.

O street dance tem como características marcantes os passos fortes e sincronizados. São de rápida execução e nem sempre são coreografados. O improviso é uma das grandes qualidades do estilo. E, para completar a força de expressão dos passos, a batida forte da música se faz sempre presente.

A dança de rua se firmou no cenário mundial com uma identidade de reação aos preconceitos raciais, culturais e sociais tão presentes – na época [muito] mais do que hoje – na sociedade.

Porém, apesar de a modalidade ser bastante praticada hoje em dia, a falta de uma metodologia sistemática de ensino dificulta o reconhecimento do estilo como dança técnica. A falta de uma regularidade na questão do ensino da dança se tornou um problema – assim como é um diferencial bom – para ela.

Escolas de ballet, dança de salão, etc., têm sempre uma metodologia a seguir, mesmo que varie um pouco, ela está lá. O que não é o caso do street dance.

Apesar de tudo isso, a dança de rua não tem depreciada a sua importância. É, sem sombra de dúvida, um dos mais belos e vitoriosos trabalhos que foram desenvolvidos em prol da comunidade carente. Um exemplo é o trabalho da Central Única das Favelas, que, dentre outros projetos, oferece o street dance como forma de conscientização e formação do jovem atualmente.

Au revoir.

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Sara Gobbi