Demografia By José Eustáquio Diniz Alves / Share 0 Tweet A hegemonia Americana está em declínio. Os Estados Unidos da América (EUA) já não tem mais o poder unilateral de dar as cartas do mundo. Evidentemente, o país ainda continua sendo um poder nacional forte. Mas vai perder o posto de maior economia do Planeta ainda nesta década (para a China) e vai ter que se voltar para a solução de suas debiidades internas, como a alta dívida pública, os altos déficits gêmeos (comercial e fiscal), a deterioração da infraestrutura física e humana, etc. Será o fim do Império Americano? O grafico abaixo mostra o ciclo de variação das taxas de crescimento do PIB americano nos últimos 70 anos. Nota-se que a recessão de 2008 foi a mais severa das últimas 7 décadas e foi a que teve a pior recuperação. Por exemplo, houve uma pequena recessão em 1990/1991, mas no restante da década de 1990 (no governo Bill Clinton) a economia voltou a crescer a ritmo elevado (4% ao ano) gerando milhões de empregos, aumentando a renda da população e reduzindo os déficits fiscal e comercial. Mesmo a recessão de 2001/2002 apresentou razoável recuperação (mas neste caso, no governo George W Bush) houve aumento dos déficits e da dívida interna. Mas a recuperação atual é a mais fraca e a que gerou a menor quantidade de emprego, conforme mostra o gráfico abaixo. Nota-se que a geração de emprego vem caindo década após década desde os anos 1980. Consequentemente a taxa de desemprego aberto está acima de 8% e o desemprego oculto, ou desalento, está cada vez maior. A redução do crescimento econômico e o aumento do desemprego se refletem diretamente no péssimo desempenho do comportamento da renda per capita. Nos últimos 70 anos é a primeira vez que a renda per capita continua abaixo do período recessivo por mais de 4 anos. A renda per capita dos EUA em 2012 é menor do que a que havia em 2007, conforme mostra o gráfico abaixo. Uma crise permanente da economia dos EUA vai ter várias consequências. Por exemplo, vai diminuir as taxas de imigração e reduzir as taxas de fecundidade. Isto quer dizer que a população americana vai crescer menos e vai envelhecer mais rapidamente. O aumento da razão de dependência demográfica vai dificultar ainda mais o crescimento da produtividade econômica. Uma consequência positiva, desta situação econômica negativa (com aumento da pobreza e da desigualdade social) é o abrandamento da crise ambiental. A pegada ecológica da população americana está muito acima da biocapacidade do país. Outra consequência pode ser o enfraquecimento do poder de fazer guerras pelo mundo afora. Nesta nova realidade, os EUA vão ter que rever sua história e os rumos do país, buscando uma forma de convivência pacífica interna, internacional e ambiental. Referência:State of the Race, Part 3: Winning by Losing. By Sean Trende – September 21, 2012http://www.realclearpolitics.com/articles/2012/09/21/state_of_the_race_part_3_winning_by_losing_115526.html