No ângulo By João Luís de Almeida Machado / Share 0 Tweet Merecido título do Inter, equipe que nos últimos anos, seguindo o exemplo do São Paulo, parece ter encontrado a fórmula para disputar e ganhar torneios internacionais [Libertadores, Recopa Sul-Americana, Mundial de Clubes e agora a Copa Sul-Americana]. Equipe aguerrida, seguindo os moldes dos hermanos argentinos, com jogadores de técnica refinada [Nilmar, Alex, D’Alessandro], o Inter de Tite foi muito competente do início ao fim da competição e não teve molezas pela frente. Iniciou o torneio enfrentando o arqui-rival Grêmio [que naquele período liderava com relativa folga o Brasileirão] e depois enfrentou equipes como o mexicano Chivas, o chileno Universidad Católica, e os sempre respeitados [e até temidos por muitas agremiações nacionais] argentinos, o Boca Juniors e o Estudiantes na final. Ganhou o título no jogo de ida, em Buenos Aires, jogando com um a menos. Em Porto Alegre, com todos os elementos a seu favor [vitória na partida anterior, Beira-Rio lotado, equipe completa], jogou bem menos do que pode e, empurrado pela torcida, na garra, empatou na prorrogação com o predestinado Nilmar [O melhor centroavante do país em minha humilde opinião – ágil, inteligente, habilidoso; o legítimo sucessor dos craques Reinaldo que reinou no Atlético Mineiro entre o final dos anos 1970 e início dos 1980 e de Careca, revelado pelo Guarani, com ótimas passagens pelo São Paulo e Napoli da Itália, onde jogou ao lado de Maradona]. Que a vitória do Inter estimule os outros times do Brasil a entrar com mais disposição neste interessante torneio, ainda mais se ele vier a dar ao campeão uma vaga na Libertadores, o ingrediente que falta para que a Copa Sul-Americana seja realmente apetitosa aos olhos de todos… Por João Luís de Almeida Machado