Prêmio de consolação indesejado…

A Copa Sul-Americana é o patinho feio do futebol continental entre os brasileiros. Virou prêmio de consolação para as equipes que não lograram vaga na Libertadores e preenche o vácuo do campeonato de pontos corridos, como um teórico objetivo de equipes médias, sem pretensão real ao título de campeão brasileiro.

Como em todas as edições anteriores e também na atual não tivemos clubes médios ou pequenos alcançando essas vagas, elas acabaram ficando com equipes tradicionais do futebol brasileiro. Esse ano – por exemplo – Palmeiras, São Paulo, Vasco, Botafogo, Internacional, Grêmio, Atlético Mineiro e Atlético Paranaense ganharam o direito de disputar tal competição.
Todas as equipes classificadas para a Sul-Americana desse ano já foram campeãs nacionais. Dentre elas, somente o Atlético Paranaense, o Atlético Mineiro e o Botafogo não foram vencedores da Libertadores, a grande meta de 10 entre 10 equipes nacionais que disputam o Brasileirão.
Talvez se ao vencedor da Sul-Americana também fosse dada uma vaga na Libertadores o torneio viesse a ser mais cobiçado pelas equipes brasileiras. Nossos vizinhos argentinos, chilenos, uruguaios, paraguaios… levam a competição a sério. É mais um caneco para colocar na sala de troféus e uma oportunidade de dizer por que vieram ao mundo… Além disso, ainda que o prêmio não seja tão polpudo, como reclamam alguns dirigentes brasileiros, é sempre dinheiro a mais para a conta de equipes que estão sempre com o saldo devedor…
Terminada a etapa brasileira da competição (a exceção do confronto entre Vasco e Palmeiras), temos o Botafogo, o Atlético Paranaense e o Internacional classificados. A tendência para o confronto entre o cruzmaltino carioca e o alviverde paulista é a classificação do time do Rio de Janeiro, que levou a melhor no primeiro jogo.
Dos classificados – incluindo-se na lista o Vasco como provável último representante brasileiro – somente o Botafogo está ainda em condições de almejar melhor destino no Brasileirão. Por isso mesmo, quem sabe, essa não seja a edição da Sul-Americana que, enfim, irá ver a bandeira brasileira tremulando mais alto do as de nossos hermanos…
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João Luís de Almeida Machado