Advogados do Diabo

Convivendo com crime, apesar de ficarmos perplexados diante de alguns, será que existe alguma instituição que age dentro da lei, para os criminosos? Se estivermos falando dos menores de idade, sim. Um artigo de opinião visando mostrar que o crime agora, é politicado.
O Brasil precisa de mais instituições que visem a defesa dos direitos humanos? Precisa. Mas não de instituições que entre panos, têm o objetivo de serem coniventes com o crime

O Brasil precisa de mais instituições que visem a defesa dos direitos humanos? Precisa. Mas não de instituições que entre panos, têm o objetivo de serem coniventes com o crime. E aceitem ou não, o estatuto da criança e do adolescente tem apresentado predominantemente esse objetivo. Em um país onde o crime nunca é punido, a criação de uma instituição que defende o menor delinqüente se transforma em mais um fator que compõe a formação da esfera de banalização da vida em nosso país.

Tenho acompanhado quase que constantemente casos de menores que matam, estupram e roubam. Tendo dado uma atenção especial aos estupros. Um crime, claro como qualquer outro, mas que acaba por gerar uma lesão incurável em suas vitimas. A semelhança entre esses diversos casos analisados, é o seu desfecho: o menor infrator é defendido pelo seu estatuto sendo apenas submetido a um programa de reeducação, sem a possibilidade de punição diante das grades de uma prisão.

É uma trajetória alucinante que o Brasil segue aonde se chega a uma parada onde a sociedade em geral briga contra o menor de idade delinqüente, já sabendo que será nocauteada. Para lei, não existe nenhum criminoso abaixo dos 18 anos. São apenas crianças que não tiveram uma boa educação e acabaram por serem obrigadas a entrar pro crime. É a santificação do diabo. É a politização da violência.

Jamais defenderei a ilegalidade, muito menos a desigualdade de direitos. Matou? Estuprou? É crime! E por mais que se justifique ter sido cometido por um menor supostamente marginalizado pela sociedade, o delinqüente por isso, não deixa de ser delinqüente. Se um dia tivermos que ir atrás dos culpados pelo recrudescimento do crime cometido por jovens menores, não os acharemos na sociedade propriamente dita, mas sim em uma instituição da lei: Estatuto da Criança e do Adolescente – onde estão os advogados do diabo.

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