Moralismo e maternidade

___Mesmo não tendo sido nada divulgado na grande imprensa, quem se interessa por teatro tem comentado o caso de Elaine César.
___Para quem não sabe, Elaine perdeu a guarda do filho Theo, a pedido do ex-marido, por trabalhar no Teatro Oficina e levar o filho para os ensaios. Fica um pequeno trecho da carta do lendário líder do Teatro Oficina, Zé Celso:

“… um ex-marido ciumento, totalmente perturbado, teve acolhidos por autoridades da Vara da Família, para esta praticar uma ação absolutamente anti-democrática, para não dizer nazista, todos seus pedidos mais absurdos de ex-marido ególatra, doente, de arrancar o filho do convívio da Mãe, acusando Elaine de trabalhar num ‘Teatro Pornográfico’ e para lá levar o filho: o Teatro Oficina.
(…) O moralismo desta instituição, que parece odiar os Artistas como criminosos, dá proteção a um macho ciumento, invejoso, doente, mordido de ciúmes, que está tendo delírios sexuais, projetando em ações discricionárias como as que tem praticado, e pior com apoio da injustiça.”

___O restante do texto pode ser lido aqui.

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___Claro que pode ser um caso extremamente complicado para a justiça resolver, mesmo assim, é triste ver que o moralismo da sociedade ainda é tão grande. Tirar uma criança da mãe por algo correlato ao que acontece no Teatro Oficina ainda me parece tão tacanho que chega a dar vergonha de participar de uma sociedade que permite isso e que pensa assim.

 

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M. Ulisses Adirt