Editorial By Rafael Reinehr / Share 0 Tweet “O problema filosófico é uma consciência da desordem em nossos conceitos, e pode ser resolvido ordenando-os” Ludwig Wittgenstein Sabe que o que esse carinha falou faz sentido para mim? Isso é o que eu tento fazer todos os dias: encontrar o sentido certo, a verdadeira definição das coisas. Porque, oras, se não sabemos o que uma coisa é, como podemos realmente usá-la, usufruir dela, modificá-la ou fazer o que quer que seja com ela. Nossa vida, por exemplo: do que ela se trata? Para que serve? O que é a felicidade? É ela que realmente buscamos? E o prazer? E o poder? E o viver? O meu problema (e também a solução para os problemas que me surgem) é que justamente eu tenho consciência que as definições das “coisas” do mundo estão erradas. E as pessoas vivem uma vida cega, uma verdadeira ilusão basada no prazer físico, econômico-consumista, e pseudo-espiritual, sem um aparato filosófico mínimo que lhes permita descortinar, ou tirar o vidro da janela que lhes oculta a verdadeira verdade, que traria de forma mais plena a felicidade que tanto buscamos, a harmonia e a paz que tanto sonhamos. Só para deixar claro: não me excluo dessas “pessoas” supra-citadas. Nossos conceitos errôneos como ponto de partida de todas nossas pretensas e realmente realizadas realizações, acabam por nos levar a caminhos escuros, ou tortuosos, ou pedregosos, ou espinhosos, ou dificultosos – errados, vá lá!… – levando à sensação muitas vezes de uma vida sem sentido. Nos agarramos ao número de telefone de uma pessoa como a um galho em um precipício – para evitar a queda, quando na verdade às vezes seria muito melhor se deixar cair e fazer aquele “Puf!” que o Coiote Coió (aquele do Road Runner, o Beep!Beep!) faz quando cai no deserto muuuuitos metros abaixo do precipício. Afinal de contas, se ele sobrevive a uma queda tão grande, sendo só um desenho animado, porque nós não sobreviveríamos? Chega de divagar… Seja bem-vinda Adriana Scarpin, que há um par de dias navega com a galera do OPS! com seu blog Quixotando. Cinema? Ah, Adriana é uma sumidade. Vá conhecê-la e diga se não estou certo. Bia, agora tens companhia. Desfrute-a. Como avisei na semana passada, estarei me casando no próximo sábado e, para não deixar vago o espaço do editorial nas próximas duas segundas-feiras pretendo deixar dois editoriais no forno, programados para serem publicados no momento correto. O grande perigo disso são na verdade dois: o mundo pode acabar antes e, dois, posso estar falando mentiras futuras sobre verdades atuais. Tratarei de falar de amenidades para resolver a segunda questão. Quanto à primeira…