Olhando de perto: macros e close-ups

Macro e close-up são termos, respectivamente em maior e menor grau, associados com imagens realizadas a pouca distância. Fala-se em macro quando a imagem fotográfica projetada sobre a superfície fotossensível tem tamanho igual ou maior que o do objeto fotografado. Close-up é a imagem que tem entre um décimo e o exato tamanho do correspondente objeto.

O termo “macro” aplica-se à imagem fotográfica que projetada sobre a superfície fotossensível tem tamanho igual ou maior que o do objeto fotografado. Close-up é a imagem que tem entre um décimo e o exato tamanho do correspondente objeto. Se pensarmos em termos de lentes com distância focal fixa (i.e., que não sejam zoom) e um mesmo objeto fotografado, é evidente que o modo de se conseguir maior magnificação é por uma maior aproximação com o assunto fotografado. Daí a nossa associação da macrofotografia com as imagens realizadas a pouca distância.

O que é magnificação? É a razão entre o tamanho da imagem projetada e o do objeto real. Por exemplo, para um objeto de 72 mm que ocupe todos os 36 mm de largura de um negativo de 35 mm (ou de um sensor full frame, que tem este mesmo tamanho):

Magnificação = tamanho da imagem / tamanho do objeto = 36 / 72 = 0,5 x

A razão de as câmeras compactas digitais possuírem tanta aptidão para imagens de objetos muito próximos está no reduzido tamanho de seus sensores. Exemplificando, imaginem uma profissional Nikon D3 (sensor full frame de 36 x 24 mm) e uma compacta Canon 1110IS (sensor de 5,75 x 4,31 mm), lado a lado, cada uma disposta a uma distância tal para que em ambas um mesmo objeto de 24 milímetros de altura preencha toda a altura disponível para enquadramento.

Magnificação da Nikon D3 = 36 / 24 = 1,5 x

Magnificação da Canon = 5,75 / 24 = 0,24 x

Em outras palavras:

– a imagem formada sobre o sensor da Nikon tem 1,5 vezes o tamanho do objeto real;
– a imagem formada sobre o sensor da Nikon tem 0,24 vez o tamanho do objeto real.

Ou seja: ainda que as imagens obtidas sejam semelhantes (ou seja, com o objeto preenchendo toda a altura da foto), a Nikon e seu enorme sensor estão fazendo macro, e a Canon e seu pequeno sensor ainda estão no terreno do close-up. Assim, por seu diminuto sensor, a Canon aparenta estar fazendo macro, o que não é estritamente exato.

Normalmente, a opção “macro” nas compactas é ativada por chave ou menu, o que possibilita o foco de objetos bastante próximos. Sem dúvida a notável capacidade de fotografar a distâncias da ordem de um ou dois centímetros, tão comum em compactas, desperta uma ponta de inveja nos proprietários de SLRs, que para tanto precisam de gambiarras (filtros macros, montagem invertida de lentes) ou de caríssimas objetivas especiais.

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Ricardo Montero