Olhando de perto as objetivas


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Um dos fatores mais importantes de qualquer sistema fotográfico são as lentes ou objetivas utilizadas. A escolha de uma objetiva de características indesejadas ou de má qualidade pode comprometer o resultado final obtido pelo fotógrafo. Por isso, importante conhecer um pouco de objetivas. Para melhor entendimento dos conceitos aqui expressos, tenha em mente que o exemplo utilizado é o de uma câmera 35mm (de película, ou SLR digital full frame). Certamente a teoria também é útil para usuários de outras câmeras, mesmo compactas.

Um dos fatores mais importantes de qualquer sistema fotográfico são as lentes ou objetivas utilizadas. A escolha de uma objetiva de características indesejadas ou de má qualidade pode comprometer o resultado final obtido pelo fotógrafo. Por isso, importante conhecer um pouco de objetivas. Para melhor entendimento dos conceitos aqui expressos, tenha em mente que o exemplo utilizado é o de uma câmera 35mm (de película, ou SLR digital full frame). Certamente a teoria também é útil para usuários de outras câmeras, mesmo compactas.

Os parâmetros básicos de uma objetiva são a distância focal e a abertura máxima.

i) Distância focal, isto é, distância entre o centro ótico da lente e o plano focal onde a imagem é projetada (plano este que consistirá no filme ou no sensor digital). Observe que em lentes zoom, essa distância focal é variável, sendo menor em posição grande angular e maior em tele. Desta distância focal dependerá diretamente o ângulo de visão proporcionado pelo conjunto câmera-lente.

ii) Abertura máxima, que indica a luminosidade da lente. Trata-se de um número puro “n”, indicado na notação “f/n”, consistindo este valor na relação entre distância focal e abertura do diafragma. Números baixos indicam grande luminosidade. Por exemplo, em condições (ISO e tempo de exposição) similares, uma lente com abertura máxima f/2 pode ser utilizada com menos luz que uma f/3.5.

Voltando à distância focal, ela irá determinar não apenas o ângulo de visão obtido, mas também o tamanho da projeção do objeto fotografado sobre o meio sensível. Exemplificando: se uma garrafa gera uma projeção com 0,8 cm de altura com uma zoom posicionada à distância focal de 50mm, com a nova distância focal de 100mm a projeção terá 1,6 cm de altura. É o que fazemos quando acionamos a tele de nossa lente e “aproximamos” o objeto no enquadramento: restringimos o ângulo de visão (que se torna mais fechado) e consequentemente “aumentamos” o tamanho da projeção do objeto sobre o meio sensível.

Falemos um pouco sobre aberturas. Grandes aberturas permitem maior incidência de luz sobre o meio sensível (filme ou sensor), permitindo assim o uso de ISO mais baixo (quase sempre desejável, pois resulta em menor granulosidade ou ruído) e tempos de exposição menores (que evitam indesejáveis tremores de mão e permitem “congelar” objetos em movimento). Sendo assim, pode parecer lógico que o melhor a fazer é usar sempre a maior abertura possível (indicada, lembrem-se, pelos menores valores de f/n). Ocorre, porém, que grandes aberturas tendem a reduzir a profundidade de campo (ou seja, a zona em volta do objeto focado que ainda mantém o foco, a despeito de uma maior ou menor distância em relação à câmera). Parece complicado, mas não é; exemplificando, imagine que em f/2 e foco a 1 metro, consiga-se nitidez dos objetos situados entre 0,9 e 1,1 m de distância. Em f/8, foco a 1 metro, poderíamos obter nitidez para objetos situados entre 0,7 m e 3 m de distância. Assim, a regra: grandes aberturas favorecem o desfoque do fundo – útil para retratos, indesejável para paisagens.

A distância focal permite uma interessante classificação de objetivas: normais, grande-angulares e teleobjetivas.
i) Normal: é a lente cujo ângulo de visão se aproxima do observado no olho humano (cerca de 43 graus). Em um sistema de 35 mm (full frame), este valor corresponderia a uma lente de 50 mm.

ii) Grande angular: ângulo de visão maior que de uma lente normal, ou seja, a distância focal fica abaixo dos 50 mm. Algumas lentes especiais conhecidas como olho-de-peixe chegam aos 180 graus de ângulo de visão, apresentando-se a imagem muito distorcida e arredondada. Grande angulares menos radicais são úteis em especial para fotografia arquitetônica, permitindo o registro de grandes objetos mesmo a curta distância.

iii)Teleobjetivas: o ângulo de visão é menor que o da visão humana, ou seja, lentes de distância focal superior a 50 mm. Para se ter uma idéia da aproximação em relação ao olho humano, verificamos, por exemplo, a razão entre os 50 mm de uma “lente normal” e, exemplificando, os 200 mm de uma tele, obtendo neste caso uma aproximação de 4 vezes. Teles “longas” (por exemplo, 400 mm) são adequadas para a fotografia à distância (safáris, competições esportivas).

Como já ressaltei, importante a escolha da objetiva certa. Grandes angulares não se prestam a retratos, em decorrência da elevada distorção, o que acaba enfeiando as pessoas.

Também importante a questão da qualidade. Geralmente as lentes amadoras são frágeis, oferecer pouca abertura e não dispões de mecanismos de estabilização de imagem. Costumam, porém, ser menores, mais leves e mais baratas – afinal, em termos de indústria ótica, qualidade sempre vem acompanhada de alto preço.

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Ricardo Montero