Em suas obras Sartre se dedicou, entre seus muitos interesses, a desenhar uma psicanálise existencial (aqui existencianálise) que pudesse realmente realizar uma terapia do mal-estar existencial em suas variadas formas. O corpo, por exemplo, é propriedade da cultura, das tradições de um povo, arcando-se e se moldando sob o peso das dores de existir, sendo sua pele o limite e ao mesmo tempo o meio de ligação entre a pessoa e o mundo. Para maior exatidão dizemos que corpo já é sujeito: o ser das possibilidades (Sartre); corpo-sujeito (Ponty). Pensamos também poder contribuir com a análise das possíveis influências sobre outras disciplinas, tais como a pedagogia, medicina, fisioterapia, psicologia etc., em contato com o pensamento sartriano.
Foucault, em seus discursos reflexivos sobre as diversas maneiras nas quais os homens elaboram, na sociedade ocidental, um saber sobre eles mesmos ao longo da história, analisou as várias ciências como entre outros “jogos de verdade”, ciências estas colocadas como […]
Em todo procedimento médico, mais ou menos invasivo, está em jogo o funcionamento do organismo, seja para a recuperação de funções, de remediação de sistemas ou emergência onde há risco de morte. Numa tangente, o fisioterapeuta inclui-se nestes aspectos, considerando-se, […]
Na última quinzena Vanusa Barboza, fisioterapeuta que pensa sua técnica a partir de um referencial existencial, propôs uma série de questões com as quais espero me haver, dando continuidade a uma longa colaboração mútua, entremeando duas abordagens ao sujeito: a […]
Nos mesmos rios entramos e não entramos, somos e não somos, [pois] tudo flui e nada permanece igual [e é] ao mudar que as coisas encontram repouso1 (Heráclito, o Obscuro, 500 a.C.) Transcender a dualidade mente e corpo na fisioterapia […]
"A escrita na pele atinge o processo de constituição dos sentidos?" Com esta pergunta o autor começa uma reflexão sobre a tatuagem. O que é? O que representa para uma pessoa marcar sua pele? Este artigo pretende a investigação sobre […]
Um fisioterapeuta pode ficar surpreso em descobrir quão importante o relacionamento humano se torna, quando o que foi aprendido como técnica está sendo colocado em prática. Como acontece em toda terapia, o terapeuta recebe um pouco do relacionamento temporário e […]
Diz um personagem da peça teatral Entre quatro paredes: “O inferno são os outros”. Parafraseando-o, eu diria: sem os outros não há distresse; o distresse são os outros.