Dois Vezes Um By Rafael Reinehr / Share 0 Tweet – Quem você preferia ser? A Paris Hilton ou o Miéle? – Questão complicada. Mas acho que o Miéle. -Pensa bem, hein. Lembre-se que ela é rica, bonita, gostosa e, o melhor de tudo, profissionalmente é herdeira. Imagina que legal escrever “herdeira” no campo ” profissão”, em uma ficha de hotel, por exemplo. – Duvido muito que ela preencha fichas em hotéis. Ela é dona dos hotéis. – Tá, mas esse não é o caso. O caso é que ela é herdeira. – E o Miéle é profissionalmente “amigos dos outros”. – Sempre achei que ele fosse profissionalmente “showman”. – Não, não. “Showman”, ele é por hobby. Ou de nascença, não sei. Profissionalmente, é “amigo dos outros” mesmo. – E ele é também “ex” em um monte de coisa. Foi ex-Coquetel, ex-cantor, ex-humorista, ex-metido com a bossa nova. – Ex-metido com bossa nova é ótimo. – É que eu não sei bem o que ele fazia na bossa nova. Sei que estava lá. De qualquer forma, ele é um ex completo. – Pois é. E acho que atualmente só é cachaceiro. Ou etilista, como dizem por aí. Imagina que legal preencher em uma ficha de hotel, no campo “profissão”, o termo “amigo dos outros”. – Mais legal do que isso é, no campo “naturalidade”, escrever “showman”. – Isso se for mesmo condição de nascença, né? Porque se ele for “showman” por hobby, não existe muito lugar em que ele pode escrever isso aí. – É. Tirando o Orkut, não lembro mais de questionários que peçam que a pessoa informe os hobbies. – É por isso que eu torço para que “showman” seja condição de nascença. Aí ele pode escrever em qualquer formulário. – Então tá. Eu queria ser o Miéle, mas só se “showman” for condição de nascença. Se for hobby, daí quero ser a Paris Hilton. – Não sei se eu compartilho da sua opinião. Mesmo porque eu acho que, em naturalidade, a pessoa deveria escrever onde nasceu. – Isso se a pessoa não for a Paris Hilton ou o Miéle. Se for, então pode escrever o que quiser. -Qual a naturalidade da Paris Hilton? – Não sei. Acho que “loira”. – Loira? Aquilo lá é água oxigenada, meu chapa. – Como você sabe? – Dá para perceber. É garantido que é água oxigenada. Não tem discussão. – Quem diria, hein? A Paris usando água oxigenada. O que mais tá faltando nesse mundo? – O Miéle vir a público dizer que, todos esses anos, não bebeu uísque. Que era guaraná e que ele é abstêmio. – Se isso acontecer, perco novamente a fé na humanidade. – Eu já perdi. Mais precisamente, há uns dois anos. – Por que? – Acho que faz uns dois anos que fiquei sabendo que o Mike, do Trem da Algria, era filho do Ronald Biggs. E é por isso que, quando eu era criança, ouvia todo mundo dizer que ele era “filho do ladrão”. Eu achava que ele era filho de um ladrão qualquer, não do cara do Trem Pagador. – Ele é filho do Ronald Bigs!? – É sim. – Sério? – Si, si. – E isso é jeito de dar uma notícia dessas? Tô até tonto. – Desculpe. Perdeu também a fé na humanidade? – Sim, e pela segunda vez. Só me senti mal assim quando perdi a fé pela humanidade pela primeira vez, em 1997. – O que aconteceu em 1997? – O Titãs lançaram o CD Acústico MTV. Depois daquilo, percebi que não teríamos para onde correr. Perdi a fé na humanidade por uns anos. Mas ela voltou tempos depois, quando a Rita Guedes saiu nua na Playboy. Agora, perdi novamente. Sabe Deus quando ela voltará. – Acho que teremos que esperar mais um ensaio na Playboy com a Rita Guedes. – Nem precisa tanto. Se a Renata Banhara assinar com a Brasileirinhas, acho que minha fé volta. – Oxalá. – Quem você preferia ser? A Paris Hilton ou o Miéle? – Questão complicada. Mas acho que o Miéle. -Pensa bem, hein. Lembre-se que ela é rica, bonita, gostosa e, o melhor de tudo, profissionalmente é herdeira. Imagina que legal escrever “herdeira” no campo ” profissão”, em uma ficha de hotel, por exemplo. – Duvido muito que ela preencha fichas em hotéis. Ela é dona dos hotéis. – Tá, mas esse não é o caso. O caso é que ela é herdeira. – E o Miéle é profissionalmente “amigos dos outros”. – Sempre achei que ele fosse profissionalmente “showman”. – Não, não. “Showman”, ele é por hobby. Ou de nascença, não sei. Profissionalmente, é “amigo dos outros” mesmo. – E ele é também “ex” em um monte de coisa. Foi ex-Coquetel, ex-cantor, ex-humorista, ex-metido com a bossa nova. – Ex-metido com bossa nova é ótimo. – É que eu não sei bem o que ele fazia na bossa nova. Sei que estava lá. De qualquer forma, ele é um ex completo. – Pois é. E acho que atualmente só é cachaceiro. Ou etilista, como dizem por aí. Imagina que legal preencher em uma ficha de hotel, no campo “profissão”, o termo “amigo dos outros”. – Mais legal do que isso é, no campo “naturalidade”, escrever “showman”. – Isso se for mesmo condição de nascença, né? Porque se ele for “showman” por hobby, não existe muito lugar em que ele pode escrever isso aí. – É. Tirando o Orkut, não lembro mais de questionários que peçam que a pessoa informe os hobbies. – É por isso que eu torço para que “showman” seja condição de nascença. Aí ele pode escrever em qualquer formulário. – Então tá. Eu queria ser o Miéle, mas só se “showman” for condição de nascença. Se for hobby, daí quero ser a Paris Hilton. – Não sei se eu compartilho da sua opinião. Mesmo porque eu acho que, em naturalidade, a pessoa deveria escrever onde nasceu. – Isso se a pessoa não for a Paris Hilton ou o Miéle. Se for, então pode escrever o que quiser. -Qual a naturalidade da Paris Hilton? – Não sei. Acho que “loira”. – Loira? Aquilo lá é água oxigenada, meu chapa. – Como você sabe? – Dá para perceber. É garantido que é água oxigenada. Não tem discussão. – Quem diria, hein? A Paris usando água oxigenada. O que mais tá faltando nesse mundo? – O Miéle vir a público dizer que, todos esses anos, não bebeu uísque. Que era guaraná e que ele é abstêmio. – Se isso acontecer, perco novamente a fé na humanidade. – Eu já perdi. Mais precisamente, há uns dois anos. – Por que? – Acho que faz uns dois anos que fiquei sabendo que o Mike, do Trem da Algria, era filho do Ronald Biggs. E é por isso que, quando eu era criança, ouvia todo mundo dizer que ele era “filho do ladrão”. Eu achava que ele era filho de um ladrão qualquer, não do cara do Trem Pagador. – Ele é filho do Ronald Bigs!? – É sim. – Sério? – Si, si. – E isso é jeito de dar uma notícia dessas? Tô até tonto. – Desculpe. Perdeu também a fé na humanidade? – Sim, e pela segunda vez. Só me senti mal assim quando perdi a fé pela humanidade pela primeira vez, em 1997. – O que aconteceu em 1997? – O Titãs lançaram o CD Acústico MTV. Depois daquilo, percebi que não teríamos para onde correr. Perdi a fé na humanidade por uns anos. Mas ela voltou tempos depois, quando a Rita Guedes saiu nua na Playboy. Agora, perdi novamente. Sabe Deus quando ela voltará. – Acho que teremos que esperar mais um ensaio na Playboy com a Rita Guedes. – Nem precisa tanto. Se a Renata Banhara assinar com a Brasileirinhas, acho que minha fé volta. – Oxalá. Leia no blog de origem: Dois vezes Um