Crônicas Matemáticas By Antonio Madrid / Share 0 Tweet Segundo o matemático Francês Georges Ifrah Os números, ou seja, os algarismos foram criados a mais de seis mil anos (eu já acredito que seja a mais de 10 mil anos); e não muito distante desta data os sumérios já tinham uma boa noção de matemática. Naquele tempo, o homem contava pedrinhas, para não se esquecer de quantas ovelhas tinha seu rebanho, mas desde os primórdios da humanidade até hoje, muita coisa mudou na matemática. Segundo o matemático Francês Georges Ifrah Os números, ou seja, os algarismos foram criados a mais de seis mil anos (eu já acredito que seja a mais de 10 mil anos); e não muito distante desta data os sumérios já tinham uma boa noção de matemática. Naquele tempo, o homem contava pedrinhas, para não se esquecer de quantas ovelhas tinha seu rebanho, mas desde os primórdios da humanidade até hoje, muita coisa mudou na matemática. A matemática evoluiu muito, e junto dela a aversão e a dificuldade do homem nos cálculos matemáticos. Esta aversão cresceu tanto que hoje em dia é comum escutarmos as frases tipo: Mas para que serve mesmo a tal da matemática?Pra que eu estudo isso?Perguntas um tanto óbvias, mas mesmo assim; estas perguntas são feitas constantemente, nas salas de aula, em casa, e nas mesas dos bares do mundo todo. Uma história contada aos quatro ventos, diz que um dia, um aluno de Euclides, perguntou ao mestre; para que servia o que estava ali a aprender. Euclides mandou dar-lhe uma moeda e expulsou-o da aula. Será necessário fazermos isto com nossos alunos?Acredito que não, até porque isto aconteceu há séculos, e como eu já citei neste mesmo texto, muita coisa já mudou. Mas e a matemática? Onde eu uso?Na verdade, usamos a matemática em tudo, e alguns exemplos que posso citar agora, são: Economia, esportes, arquitetura, engenharia, português, literatura (Aritmética da Emília, O Homem que Calculava), biologia, química, física, estatística, história, geografia, artes plásticas, astronomia, astrologia, cinema, informática, Ufa! Enfim usamos a matemática em tudo, tudo mesmo. Mas, um exemplo bem prático pode ser visto na obra da artista Fernanda Massagardi, aluna do Instituto de Artes da Unicamp, a idéia de desenvolver um método de ensino de matemática por meio da arte, colocado em prática junto a alunos do colégio, SER Universitário, em Sorocaba (SP). Esta experiência resultou em livro, Um primeiro olhar, ainda não editado. “Falta o patrocínio, pois um livro de arte precisa de papel de boa qualidade e de acabamento mais refinado”, diz a autora. Mas em alguns anos, eu acredito que o problema de gostar ou não da matemática, ou de qualquer outra disciplina, vai ser amenizado; pelo menos em parte, até porque, de uma maneira ou de outra a matemática vai nos dar uma solução; claro que com uma mãozinha das outras ciências. Vejamos um trecho do livro, “Nove Amanhãs” de Isaac Asimov, onde ele relata a seguinte história. “Num futuro imaginário, as crianças brincam 364 dias por ano e um dia por ano, o seu cérebro fica ligado a uma máquina com discos que lhes administram automaticamente todos os conhecimentos de que necessitam. Assim fazem toda a escolaridade e aprendem tudo o que precisam, do primário à Universidade.” Parece brincadeira, mas a coisa é seria. Já existem estudos que apontam para esta realidade, que mais cedo ou mais tarde, vai fazer parte de nossas vidas. Então o negócio é; ou começar a mudar nossas cabeças e enxergar o que a matemática fez, e ainda pode fazer por nós, assim como fez a Fernanda Massagardi;ou esperar alguns “Amanhãs” para nos plugar.