As transições da sociedade e da população brasileira

Tudo flui
Nada é permanente
Ninguém toma banho duas vezes no mesmo rio

Heráclito de Éfeso

Tudo indica que os próximos 500 anos vão ser completamente diferentes dos primeiros 500 anos da história brasileira. Isto porque o Brasil está passando por diversas transições:

•    Transição para o decrescimento populacional;
•    Transição da razão de sexo;
•    Transição para o empoderamento feminino;
•    Transição urbana;
•    Transição demográfica;
•    Transição da fecundidade;
•    Transição da estrutura etária;
•    Transição da razão de dependência e envelhecimento;
•    Transição do tamanho dos domicílios e dos arranjos famíliares;
•    Transição de classe e mobilidade social;
•    Transição “nutricional”
•    Transição de cor/raça;
•    Transição religiosa.

A população brasileira cresceu quase 20 vezes entre 1872 e 2010. Atingiu o máximo de crescimento nas décadas de 1950 e 1960, reduziu o ritmo a partir de 1970 e deve continuar crescendo lentamente até 2030, para, em seguida, fazer a transição para o decrescimento;

Os homens eram maioria da população brasileira até a década de 1930. A transição da razão de sexo ocorreu a partir de 1940, quando o sexo feminino tornou-se maioria e, progressivamente, tem crescido o superávit de mulheres no país;

As mulheres vivem mais do que os homens, são maioria do eleitorado, possuem maior nível de escolaridade e já são maioria na PEA com mais de 11 anos de estudo. Elas estão fazendo a transição da exclusão para o empoderamento;

A população urbana passou de 19 milhões, em 1950 para 161 milhões, em 2010 (de 36% para 84%). As regiões Norte e Centro-Oeste são as que mais crescem. A transição urbana foi acompanhada pela concentração da população nos municípios com mais de 100 mil habitantes e o interior aumentando a participação em relação às cidades litorâneas.

A população brasileira cresceu quase 20 vezes entre 1872 e 2010. Atingiu o máximo de crescimento nas décadas de 1950 e 1960, reduziu o ritmo a partir de 1970 e deve continuar crescendo lentamente até 2030, para, em seguida, fazer a transição para o decrescimento;

Os homens eram maioria da população brasileira até a década de 1930. A transição da razão de sexo ocorreu a partir de 1940, quando o sexo feminino tornou-se maioria e, progressivamente, tem crescido o superávit de mulheres no país;

As mulheres vivem mais do que os homens, são maioria do eleitorado, possuem maior nível de escolaridade e já são maioria na PEA com mais de 11 anos de estudo. Elas estão fazendo a transição da exclusão para o empoderamento;

A população urbana passou de 19 milhões, em 1950 para 161 milhões, em 2010 (de 36% para 84%). As regiões Norte e Centro-Oeste são as que mais crescem. A transição urbana foi acompanhada pela concen-tração da população nos municípios com mais de 100 mil habitantes e o interior aumentando a participação em relação às cidades litorâneas.

O Brasil tem conseguido reduzir as taxas de pobreza, desde 1994 e possibilitado um processo de mobilidade social ascendente com o crescimento das parcelas classificadas como “classe média”;

A população branca passou de 54% em 1980 para 48% em 2010, deixando de ser maioria da população. No mesmo período, as pessoas que se declaram pardas (mestiças) passou de 39% para 43% e as pessoas que se declaram pretas passou de 6% para 7,6%. O Brasil caminha para uma maioria mestiça na população;

O Brasil tinha, em 1974/75 mais pessoas com déficit de peso do que obesas. Mas em 2008/09 já havia cerca de 50% das pessoas com excesso de peso e cerca de 15% em situação de obesidade;

Os católicos sempre foram maioria da população brasileira. Em 1970, havia 92% de católicos e 5% de evangélicos, sendo que estes números passaram para 74% e 16% no ano 2000. Estima-se que os evangélicos já representem mais de 20% das filiações religiosas em 2010.

Em síntese, o Brasil está:
•    Ficando mais feminino;
•    Mais urbano;
•    Mais concentrado em grandes cidades (100 mil ou +);
•    Mais interiorano;
•    Mais envelhecido;
•    Caminhando para o decrescimento populacional;
•    Com menos pessoas por domicílio;
•    Com maior diversidade dos arranjos familiares;
•    Com maior mobilidade e crescimento da classe média;
•    Mais miscigenado;
•    Mais gordo;
•    Mais evangélico.

Para consultar os gráficos e tabelas com os dados sobre os temas acima, ver apresentação: Alves, JED. “As transições da população brasileira”, SCRIBD, 02 de agosto de 2011. Disponível em:
http://pt.scribd.com/doc/61464420/As-transicoes-da-populacao-brasileira

 

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José Eustáquio Diniz Alves