Diálogos entre paradigmas By Marcos Bidart de Novaes / Share 0 Tweet Tenho a intenção de escrever alguns textos sobre o diálogo dos dois paradigmas acima. A discussão me atrai, da mesma forma que a entre o global e o local, entre o individual e o social. Mas em especial estes dois me atraem. Entendo que o diálogo neste caso é essencial, uma vez que o choque sempre favorecerá o paradigma da competição. Raciocionado de forma simples creio que poder afirmar que quando as pessoas que entendem que necessitamos de um mundo mais cooperativo tentam competir com as adeptas da competição livre, escancarada e por vezes selvagem, esta última está em seu terreno de atuação e ganhará sempre, Pois se o caso é ganhar ou perder, nada como uma boa competição. Os defensores e incentivadores da competição como a grande mola propulsora da humaninada sabem usar bem a cooperação como ferramente de batalha. Unem-se temporariamente, fazem conchavos e os desfazem, dão a alguns até o nome de alianças estratégicas. Tudo para poder melhor competir. Já os partidários da cooperação nem sempre sabem usar a competição a seu favor. Isto porque talvez a rejeitem. Acham talvez que competição é sempe ruim, descabida. Vou então aqui me dedicar a algumas reflexões sobre o tema. Competição é absolutamente normal. Você nasceu de uma competição. Um só óvulo e milhões de espermatozóides. Cresceu competindo com outras crianças, a não ser que você não tenha instintos e não fosse aquele que quer primeiro chegar a algum lugar, ganhar o brinquedo mais bonito etc. Se o sistema incentiva estas coisas ou não é um outro assunto. Eu estou falando por mim. Sistema nenhum precisou me convencer a ser o mais rápido de bicicleta, a me dedicar muito para que meu time de futebol de esquina ganhasse dos outros ou a competir com outros adolescentes pelos beijos de alguma princesa. Há algo competitivo em muitos de nós e na sociedade criativa. Quando o criador deste site decide se vai usar joomla ou ning ou sei lá o que, escolhe entre tecnologias. Se todos os criadores de sites selvagens escolherem uma tecnologia e deixarem de escolher outras, estas outras acabam, morrem. Escolhas deste tipo são competitivas. Quando se decide Ocupar Wall Street, deixou-se de ocupar Fifth Avenue. Metas competem, decisões competem entre si. Aqui caberia talvez já começar a escrever sobre a diferença entre a competição saudável e a rivalização violenta e mórbida. Deixo no entanto apenas as ideias acima para dar início ao debate. Deixo claro meu lado. Acho mais interessante trabalhar e crescer cooperativamente, criar um planeta em que menos gente jogue o jogo do “quem morre com mais”. Para isso no entanto preciso aceitar meu lado competitivo, entender quando a competição é natural e saudável e não querer matar o leão dentro de mim. P.S Deixo aqui um lindo exemplo de competição e cooperação andando de mãos dadas. Duelo do bem: http://www.youtube.com/watch?v=v35YhhzCrYk&feature=related