Cooperação ou Competição 2


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 Acredito que o ser humano é naturalmente cooperativo. Mas esta afirmação assim, nua e crua, sem nenhuma antítese, me provoca reações internas de estranheza. E as memoráveis partidas de ping-pong da infância e adolescência, nas quais eu dei tudo de mim para ganhar? Serão elas meros frutos de uma programação mental? Ou será que crianças nascidas em uma civilização em que a mensagem sub-reptícia seja a da permanente cooperação nunca vão inventar um joguinho de quem joga uma pedrinha mais perto da parede.

Esta questão permanece para mim insolúvel. Por mais que eu queira me jogar no abismo de novos paradigmas, algo em mim não quer abandonar meu Flamengo domingos no Maracanã. Que aliás é nosso… Será que é realmente impossível qualquer forma de cooperação saudável, será que são impossíveis jogos em que os que deixam de ganhar não saiam se sentindo derrotados e fracassados e sim felizes por terem participado de uma disputa acalorada, adrenalinada e endorfinada?

Pois assim eram muitos de meus jogos na infância… Muitas vezes perdi e saí feliz. Não consigo reconhecer nos folguedos competitivos de minha infância a competição doentia e provocadora de estresses nefastos. Mesmo depois na vida adulta tenho na memória os jogos de futebol com os times de garçons na madrugada em que tudo terminava em uma bebedeira matinal envolvendo os dois times… Jogo para mim é festa. Nunca a competição é saudável?

Uma competição sei que não é saudável. Esta que nos ensinam desde pequenos, a lei do mais forte, a superioridade fracassada dos mercados que tudo resolvem. Este é o paradigma que nos trouxe até onde estamos. Um ponto da história da humanidade em que quase torcemos para que os meteoritos fossem maiores e que o asteroide tivesse passado mais perto…

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Marcos Bidart de Novaes