Eu bebo sim... By Roberson Guimarães / Share 0 Tweet O apreciador de vinhos pode escolher uma gama impressionante de vinhos. Nos supermercados e lojas especializadas há produtos de mais de trinta países produtores. Os vinhos diferem ainda quanto à cepa, modo de elaboração, idade, qualidade da safra: ou seja, um mundo de possibilidades. E é nesse mundo que pretendemos entrar, discutindo porque cerca de um quilo e meio de uvas maceradas deixadas em processo de fermentação pode produzir coisas tão diferentes (e saborosas) quanto uma garrafa de… Conhecer pouco é uma coisa perigosa. Nesses tempos em que ao simples comando do mouse o Google proporciona acesso a milhares de informações, corre-se o risco da simplificação exagerada. Pode-se conhecer um pouquinho de tudo, e aquele que conhece um pouco de tudo é o mesmo que desconhece muito de tudo. Toda essa conversa mole para dizer que abrigaremos aqui um espaço para falar sobre vinhos. Até pouco tempo atrás tomar vinho era coisa de abastados e afetados. A bebida e o ato de bebê-la eram coisas herméticas, restritas a uns poucos coinasseurs. Por muito tempo esse caráter afastou potenciais consumidores. Como me lembra um amigo, as pessoas temiam comprar uma garrafa de vinho, já que não poderiam simplesmente beber seu conteúdo, mas deveriam – envoltos numa aura de mistério e sofisticação – degustar a bebida. O fato é que apesar disso, o consumo de vinhos explodiu: em 2002 os brasileiros consumiram 49 milhões de litros de vinho; já em 2006 foram mais de 70 milhões de litros. O aumento do consumo motivou outras transformações: surgiram confrarias e associações; o mercado editorial despejou revistas e livros; sites, blogs temáticos e listas de discussão abundam na web. O apreciador de vinhos pode escolher uma gama impressionante de vinhos. Nos supermercados e lojas especializadas há produtos de mais de trinta países produtores. Os vinhos diferem ainda quanto à variedade da uva, modo de elaboração, idade, qualidade da safra: ou seja, um mundo de possibilidades. E é nesse mundo que pretendemos entrar, discutindo porque cerca de um quilo e meio de uvas maceradas deixadas em processo de fermentação pode produzir coisas tão diferentes (e saborosas) quanto uma garrafa de Amarone do Vêneto ou outra de Eisnwein austríaco. Bons goles!!!! update: excelente texto do jornalista-enófilo Ricardo Cesar com a mesma temática: Simplicidade.