Migração para GNU / Linux By Rodrigo Dall Alba / Share 0 Tweet Até agora, o tema Software Livre só foi abordado em termos de sistema operacional, no caso, o GNU/Linux. Mas também existem software distribuídos sob a GNU/GPL que funcionam em plataformas proprietárias. Os exemplos são: (2.9 Software Livre para outros Sistemas Operacionais) *Produtividade: BrOffice – Versão brasileira da suíte de aplicativos para escritório do OpenOffice.org. Utiliza, a partir da versão 2.0, o formato Open Document Format (.odf), um padrão totalmente aberto, ou seja, qualquer empresa pode criar software que leiam esse formato, não dependendo de um único fornecedor nem tendo que pagar royalties, o que facilita a interoperabilidade entre aplicativos. Inclusive a Microsoft está incluindo suporte a esse formato nas novas versões do MS Office 2007. Sua suíte de aplicativos possui: Writer – Editor de textos, com opção de exportar documentos para o formato PDF; Calc – Planilha eletrônica; Impress – Apresentação de slides. Pode-se exportar para PDF e Flash (.swf); Draw – Desenho; Math – Criação de equações matemáticas; Base – Manipulação de banco de dados. Permite a criação de tabelas, formulários, consultas, relatórios, entre outros. *Gráficos: GIMP (GNU Image Manipulation Program) – Editor de imagens com recursos profissionais, trabalha com diversos formatos de imagens. Uma alternativa ao Photoshop; Inkscape – Desenho vetorial; Blender – Modelagem e animação em 3D. *Internet: Mozilla Firefox – Navegador de internet (browser) rápido, seguro e com diversas funções, cujo uso vem crescendo significativamente nos últimos anos. Desenvolvido pela Fundação Mozilla, pode ser encontrado em três licenças: MPL, LGPL e GPL. Permite navegação por abas (várias paginas na mesma janela), possui gerenciador de sessões, corretor ortográfico, leitor RSS (agregador de notícias), campo de pesquisa embutido, atualizações automáticas, bloqueador de pop-ups (janelas que abrem sozinhas em páginas da internet, geralmente com propagandas), proteção contra spyware (aplicativos espiões), etc. É possível personalizá-lo instalando skins (temas) e add-ons (extensões), que adicionam novas funcionalidades ao navegador, como: controlar o tocador de música, receber previsão do tempo, cliente para bate-papo, calendário, acelerador de downloads e inúmeros outros. Funciona em todas as versões do Windows, além de possuir versão para os sistemas operacionais Mac OS X, Solaris, FreeBSD, PC-BSD, NetBSD, OS/2 e AIX; FileZilla – Cliente FTP (File Transfer Protocol – Protocolo de Tranferência de Arquivos). Thunderbird – Cliente de e-mail, com leitor de rss, proteção anti-fraude, entre outros; Mensageiros instantâneos: Pidgin (ou Gaim), aMSN, Miranda IM. Existem vários mensageiros para Linux (Kopete, Mercury Messenger), a maioria com versão para Windows e multi protocolo (capaz de se conectar com mais de uma conta e em diferentes redes ao mesmo tempo, como ICQ, Yahoo!, AIM, MSN, Skype, Jabber, etc). *Multimídia: Audacity – Editor de áudio distribuído sob Licença GPL, trabalha com importação e exportação de vários tipos de arquivos de áudio, possui diversos efeitos profissionais (eco, reverberação, redução de ruído, etc.), Corta, copia, cola e mistura faixas de áudio, muda o tom, freqüência e velocidade com extrema facilidade. Possui desfazer/refazer ilimitado e funciona também no Mac OS X. Cdex – Conversor de Cds de áudio para o formato mp3, e vice-versa. *Utilitários: 7-Zip – Compactador de arquivos com alta taxa de compressão. No formato .7z, compacta entre 30% e 70 % melhor que no formato .zip. No formato .zip, compacta de 2% a 10 % melhor que o próprio WinZip. Além, é claro, de diversas plataformas, ferramentas e linguagens para desenvolvimento de sistemas e gerenciamento de bancos de dados. Começar a migração substituindo softwares proprietários por soluções livre, como as apresentadas acima, é uma boa forma de fazer com que a adaptação do usuário ao novo sistema seja menos “traumática”. Ao acostumar-se, por exemplo, com o BrOffice e o Firefox no Windows, quando entrar em contato com o GNU/Linux, já estará familiarizado com alguns aplicativos. Porém, existem alguns problemas que dificultam essa adaptação e que deveriam receber atenção dos desenvolvedores desses softwares. Por exemplo: no Microsofsoft Office, os atalhos para deixar o texto em negrito e sublinhado são, respectivamente: CTRL+N e CTRL+S. No Broffice, os atalhos para esses mesmos comandos são: CTRL+B (de bold, que é negrito em inglês) e CTRL+U (de underline, sublinhado, em inglês). Tais diferenças – dentre outras que não foram citadas –, podem gerar descontentamento por parte do usuário recém chegado, fazendo com que ele fique com uma certa antipatia com o sistema, além de fazê-lo perder tempo descobrindo os novos atalhos. O Firefox também tem um grave problema quanto à atalhos, mas esse é pior ainda por se tratar de diferentes versões de um software feito pela mesma empresa. Na versão Windows, o atalho para abrir a janela de downloads é CTRL+J, na versão para GNU/Linux é CTRL+Y. Alguns menus também mudam de lugar. O usuário, que muitas vezes usa o sistema por imposição e não por vontade própria, vê-se obrigado a descobrir onde foram parar os menus e opções que ele já estava habituado a usar, fazendo com que ele perca tempo procurando por eles, fique desgostoso e entre para o grupo de pessoas que proferem coisas do tipo “eu odeio Linux”, “Linux é ruim”, “Linux é difícil”, dentre outras frases que criam um pré-conceito formando uma espécie de atmosfera que irá repelir possíveis novos usuários. Embora muitos desses software estejam num nível de desenvolvimento avançado, e alguns deles conseguem até ser melhores que os concorrentes proprietários, outros deixam a desejar, como, por exemplo, o ClamWin Free Antivirus, que inicialmente era usado no GNU/Linux com o nome de Clamav para procurar vírus em partições Windows e, na sua versão Windows, não possui proteção em tempo real, ou seja, se um vírus infectar o computador, ele só será encontrado após uma varredura completa no disco, podendo, enquanto isso, causar vários danos ao computador. 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