No ângulo By João Luís de Almeida Machado / Share 0 Tweet Pensei que ia dar para o Fluminense… Quando terminou o jogo, e depois a prorrogação, com a incrível virada e os 3×1 de meu palpite aparecendo no placar do Maracanã, pensei que o Fernando Henrique ia fazer a sua parte (o que ele até tentou), mas não imaginava que o Cevallos (que havia falhado no 1º e no 3º gols do Fluminense), com a sua catimba, iria conseguir desestabilizar cobradores qualificados e experientes como Conca, Thiago Neves, Washington… A despeito disso, o Fluminense foi aguerrido e lutou muito para reverter o resultado muito ruim do primeiro jogo e também o gol sofrido em casa ainda no início da partida. Não foi suficiente… No final faltaram pernas para a prorrogação e também para as cobranças de penalidades… O erro, em minha modesta opinião, foi o time carioca assumir-se campeão antes do tempo, talvez iludido pelo fato de ter despachado dois grandes vencedores do torneio (Boca e São Paulo) e ainda pensar a LDU do Equador como um time sem tradição e elenco para ganhar o principal campeonato sulamericano de clubes. Contra argentinos e paulistas o Fluminense foi a LDU, ou seja, lutou como David e venceu os gigantes… Contra a LDU, o time do Rio de Janeiro se imaginou no papel do Boca e do São Paulo, ou seja, como vencedor antecipado da peleja por sua suposta maior tradição ou ainda por representar o futebol pentacampeão do mundo – que muitos ainda consideram o melhor do planeta… Mas, como na Bíblia, também no futebol, David venceu Golias… E olhem que nem vale a pena reclamar do juiz pois a LDU teve um gol legítimo anulado e quase marcou outro no final da prorrogação (que só não aconteceu pela falta do zagueiro Luiz Alberto no ótimo lateral/ala Guéron, lance que resultou, aos 15 minutos do 2º tempo do período adicional na expulsão do capitão do Fluminense). A LDU mereceu. Assim como se o título ficasse no Rio de Janeiro também seria justo. Foi um ótimo jogo e, ainda que alguns pensem nas penalidades como loteria, creio que venceu aquele que estava mais preparado para esse nervoso “jogo de xadrez” dos penalties, tanto física quanto psicologicamente… E que isso sirva de lição para todos os clubes brasileiros e também para a Seleção… Ninguém ganha na véspera e, além disso, há vários Davids por aí loucos para derrubar gigantescos e imaginários Golias… É preciso colocar a barba de molho senão outras Libertadores irão para o Equador (ou para outras nações vizinhas) e, a Copa de 2010 poderá ficar na história como aquela em que o Brasil, pela primeira vez, não participou… Obs. Para encerrar: a evolução do futebol equatoriano de uns anos para cá é notável e a conquista do torneio continental somente atesta esse fato!