Exodus futebolisticus…

Julho e agosto são os meses da entressafra futebolística européia. Acabaram os torneios nacionais e continentais. Ganhadores e perdedores fazem seus planejamentos para a próxima temporada. Para os que venceram é hora de manter o elenco e ainda buscar reforços para se manterem fortes e competitivos visando às próximas competições. Os que foram derrotados, por sua vez, querem corrigir os erros, rearranjar seus elencos e, com novos nomes vestindo suas camisas, ganhar algum dos canecos em disputa…

Clubes espanhóis, italianos, alemães, franceses, portugueses e, principalmente os endinheirados ingleses, vem com sede para os principais mercados formadores de atletas talentosos na arte futebolística. Visitam gramados africanos, asiáticos, centro e norte-americanos e, principalmente, a América do Sul. Tudo para encontrar um novo Ronaldinho, Kaká, Méssi ou Tevez.

 
Contratam alguns destaques chilenos, colombianos, equatorianos, uruguaios ou paraguaios, mas os principais destinos são mesmo a Argentina e o Brasil. E, em terras brasileiras, chegam bem no meio da temporada. Nosso “belíssimo” calendário, único e exclusivo (pois somos os melhores do mundo e temos que ser diferentes do resto do planeta…), faz com que os europeus aterrissem em solo nacional bem no meio do campeonato brasileiro…
 

O que isso significa? Que a seleção do campeonato nacional começa a bater asas, arrumar as malas, assinar contratos polpudos e embarca rumo aos gramados europeus para mostrar por lá o seu talento. Muitos deles ainda bastante jovens, tendo em média 20 anos de idade (ou próximo disso, variando entre 17 e 23 anos). E os times brasileiros, como ficam?

 

Desfalcados, desfigurados ou, numa hipótese um pouco melhor, acabam contratando alguns veteranos que perambularam pelos campos da Europa sem muito destaque ou sucesso… Alguns nomes pretendidos pelos europeus para essa temporada são os seguintes: Hernanes, Miranda e Alex Silva (do São Paulo); Valdívia e Diego Souza (do Palmeiras); Thiago Neves e Luiz Alberto (do Fluminense); André Santos e Felipe (do Corinthians); Marcinho (do Flamengo); Alex e Guinãzu (do Inter); etc.

 
Enquanto isso… Voltam jogadores como: Rosinei (para o Internacional); Tcheco (para o Grêmio); Marcelinho Paraíba e Tinga (cotados para o Fluminense); Danilo (ex-São Paulo, para o Flamengo); Mineiro (para o Corinthians)…
 

Já foram para times europeus (ou de outros continentes)… O meia Renato Augusto, jovem revelação do Flamengo; o volante Cícero, do Fluminense; Fernandão, atacante do Internacional; Gabriel, lateral-direito do Fluminense; Roger, meia que estava no Grêmio; Sidnei, zagueiro do Internacional…

 
Obs. Se não bastassem os ricos, poderosos e famosos clubes da Europa Ocidental – como o Milan, o Barcelona, o Chelsea ou o Real Madrid – também estão atacando o mercado futebolístico brasileiro equipes de países como a Turquia, a Grécia, a Ucrânia e outras nações menos tradicionais no futebol da Europa; Outras regiões que estão contratando nossos jogadores são os ricos países do Oriente Médio ou ainda algumas regiões da Ásia, com especial destaque para os times japoneses…
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João Luís de Almeida Machado