Escola da Ponte

 


___O furor da última semana aqui no Ops! foi a publicação do artigo inédito do educador José Francisco Pacheco. Além do rico debate presente nos comentários do texto, eu pude presenciar outro, ao vivo. Indiquei o texto para alguns colegas professores e, em um intervalo de aulas, eles o debateram. O problema é que nenhum deles tinha sequer ouvido falar da Escola da Ponte. Imaginei que algumas linhas falando dela poderia ajudá-los e, talvez, dar um empurrão extra para o debate que tem ocorrido no texto do Pacheco.

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___Na década de 70, a Vila das Aves, em Portugal, contava com uma escola como outra qualquer. Para falar a verdade, era uma escola pública de qualidade não muito admirável: bagunçada, sem recursos, depredada. O caos, entretanto, acabou permitindo novos caminhos fossem testados.
___A partir de 1976, com a tutela de José Pacheco, a Escola da Ponte passou por reformas que não foram apenas físicas. Os estudantes foram ganhando autonomia, a divisão por salas foi abolida e as aulas tradicionais desapareceram.
___As séries deixaram de existir e os alunos passaram a se reunir em grupos que tinham os mesmo interesses. Os professores apenas acompanham os grupos e auxiliam os projetos. Pesquisa e leitura tornaram-se atividades constantes.
___Se a melhora da Escola já não foi o bastante, o excelente resultado dos alunos depois de saírem dela, justificou o trabalho feito na Ponte perante os olhos da sociedade. Hoje, os estudantes que se sentem preparados para uma avaliação, escrevem o nome em uma lista conhecida como “Eu já sei” e os resultados costumam ser bem positivos. Hoje, a Escola da Ponte é exemplo para o mundo todo de que não existe apenas um tipo de Educação.

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P.S.: Como um pequeno extra, recomendo a leitura da entrevista que José Pacheco concedeu ao portal Educacional.

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M. Ulisses Adirt