A pior censura


Warning: array_rand(): Array is empty in /home/opensador/public_html/wp-content/themes/performag/inc/helpers/views.php on line 280

Notice: Undefined index: in /home/opensador/public_html/wp-content/themes/performag/inc/helpers/views.php on line 281

___Novo colunista contratado do Papo de Homem, Alex Castro, espertamente, fez uma brincadeira com os leitores: apresentou dois casos de censura – A Centopeia Humana 2, no Reino Unido, e o curta brasileiro “Eu não quero voltar sozinho”, censurado no Acre – e perguntou qual deles é pior. O filme é temática fortemente escatológica, enquanto o curta (que eu aconselho que vocês vejam AGORA, antes de terminar de ler este parênteses) é uma linda reflexão sobre preconceito e tolerância.
___O resultado dos comentários foi bastante simples. Excetuando os tradicionais homofóbicos-idiotas, muita gente, com asco do filme, achou a censura d’A Centopeia Humana 2 aceitável e a do curta, absurda. Todos esses, caíram na brincadeira.
___Censurar já é ruim por si só. Como, hoje, as pessoas mais esclarecidas não costumam ser homofóbicas, censurar um curta lindo e que prega a tolerância parece pior do que proibir um filme escatológico (se quiserem saber mais, procurem o trailer do filme). Todavia, fosse a nossa sociedade versada em aceitar a coprofagia e rejeitar o homossexualismo, veríamos os leitores reclamarem da censura do filme e aceitar a do curta.
___Proibir alguém de expressar algo é horrível por si só. Permitir que um governo decida isso, então, é absurdamente problemático. Não importa quais sejam as ideias aceitas em cada época (expressar opinião contrária à escravidão era problemático em algumas épocas), é importante que todos possam escolher mostrar o que pensam. Mesmo que seja me proibir de dizer o que quero.
___Conhecem aquela famosa frase do Voltaire, não?

###

P.S.: Para refletir mais sobre o assunto, creio que pode valer a pena dar uma lida em um artigo que eu publiquei, no meu blog, no ano passado, e em uma coluna daqui, publicada pela Beauvoiriana.

 

About the author

M. Ulisses Adirt