Homens Insensíveis + Uma Noite de Sexo = Mulheres Decepcionadas

Você é um homem sensível, preocupado com o prazer de sua parceira? Ou é daqueles trogloditas, que acham que seu gozo vale mais que mil carinhos? Ou do tipo “coelhinho”: vai ser bom, não foi???
Entre, leia e, por favor, não se identifique com um dos quatro tristes casos que relato aqui…

Imagem: DeviantART

Equação fatal essa do título. De fácil entendimento, que não esconde segredos, mas altamente explosiva e perigosa.

Quando homens conversam com outros sobre sexo, alguns se vangloriam de suas performances. Tornam-se os maiores comedores que o universo já viu. Bbbaaaahhh… Homem bom de cama não faz auto-propaganda. Ele é bom e pronto! Para nós isso basta.

Já a mulher, quando fala, expõe os problemas, suas dificuldades, medos, vontades… Não! Não temos medo de falar e ganharmos a pecha de “galinha”! Só que não nos vangloriamos de nossas qualidades sexuais. Não precisamos provar nossa “feminilidade”. Só nos entregamos e aproveitamos tudo de bom que o sexo pode nos dar. Simples…

Mas, os fatos que contarei aqui, hoje, realmente aconteceram… Se um ou outro foi comigo, não interessa. Tampouco darei os nomes das amigas. O que vale aqui são as ações, as reações e as mágoas que deixaram.

O Neanderthal

Ela era virgem. Namorava um rapaz meio, assim, afoito e mais sutil que um elefante dançando tango numa sala cheia de cristais.
Numa noite, estavam sozinhos na casa dos pais dele assistindo TV. Ela estava menstruada e usando um absorvente interno (Aha! Derrubamos mais um mito: absorvente interno não tira a virgindade, garotas!), quando ele começou a forçar a barra. Carinhos ousados, as roupas sendo jogadas no chão.
Ela ficou apreensiva e disse que estava “naqueles dias” e com absorvente. Qual foi a atitude do grosso? Praticamente a violentou, sem ao menos se dar ao trabalho de esperar que ela retirasse o absorvente. Para finalizar com chave de ouro ainda a acusou de mentir sobre a virgindade. Um tempo depois, cansada de tantas discussões e humilhações, ela terminou o namoro. A mágoa, esta ficou… Acho que até hoje.

O Poderoso

Tão poderoso que a conversa com ela começou neste nível:
– Hoje nóis vai se acabar… (sic).
Sim. Ela se acabou. Numa punheta para que o infeliz gozasse. E ela? Ficou olhando a pintura do teto de um motelzinho meia-boca. Sem prazer algum… Ainda por cima teve que pagar metade daquelas horas mal “trepadas” e ouvir que “a próxima seria tão boa quanto esta”. Sorte dela que, depois de umas duas dispensadas pelo telefone, ele parou de ligar.

O Sovina

Eles já não estavam lá essas coisas. Tinham se separado e resolveram voltar. A cama, antes desta separação, até que era boa. Mas a volta foi um verdadeiro desastre. Ela, com fogo. Ele, com problemas de ereção. Por mais excitado que estivesse, o bichinho não subia. E quando a glória da masculinidade dava o ar da graça, era tão rápido no gozo que a deixava, invariavelmente, frustrada, decepcionada e puta da vida. Tentando salvar o casamento, ela procurou um médico, pesquisou e falou com ele. Na volta da consulta, o “mão fechada” declarou:
– O tratamento fica X reais. Você paga a metade (Mas a falta de ereção e a ejaculação precoce são suas, ôôô Mané! Por que a esposa, companheira ou namorada tem que arcar com metade?).
Novos desentendimentos, já que o tratamento não rolou. Nova briga. Separação definitiva.


O Morno

Quanto mais o relacionamento avança, mais liberdades sexuais com o parceiro temos, certo? Nem sempre…
Nada contra um “papai-e-mamãe”, mas essa amiga SÓ tinha isso! Quando ela me contou, já torci o nariz. Não que eu faça malabarismos na cama, mas que uma posição somente, e sempre, enjoa, aahh, enjoa. Além do mais, temos nossas posições preferidas. Ela confessou que precisava “forçar a barra” para que ele a pegasse de lado, ou de quatro. E quando ela percebia, lá estava ele, virando-a para a mesmíssima “mammy and daddy”, impondo somente a vontade dele…
O pior, disse ela, é que quando ela oferecia um anal (sim, ela curte), ele dispensava. Meninos, isso é normal?

A conclusão

Sexo pesa – e muito – num relacionamento. Se for um daqueles casuais, sem envolvimento emocional, é fácil. Como foi somente uma noite, é só dispensar se o cara ligar de novo e pronto.
Mas se os problemas estão acontecendo dentro de um relacionamento estável (namoro, casamento) só com muita conversa e tratamentos (médico e/ou psicológico) para salvar. Não somos mais bonequinhas de porcelana ou seguimos os moldes de nossas avós, nem usamos mais o famoso lençol com buraco. Queremos sexo. E bom!
Já disse aqui que tamanho não importa, nem performances “a la Cirque Du Soleil”, mas respeitar as vontades e fantasias da parceira é fundamental. Vocês, homens, não estão transando com uma boneca inflável. E, para os que acham que somente tamanho e dureza são suficientes, sinto informar que isso é o que menos importa para nós. Nosso “time” é diferente, assim como nossas preferências. Com certeza escolheremos uma única transa num dia, e “bem dada”, a duas ou três insatisfatórias.

E escrevendo sobre elas, acabei pensando em mim. E num homem alto, forte, gostoso, com os olhos castanhos mais lindos que já vi e que é uma delícia na cama… Ai, ai… Acho que vou convidá-lo para “jantar”.

About the author

Sandra Pontes