Um pouco de luz By Ricardo Montero / Share 0 Tweet Trata-se aqui dos dois tipos de câmeras mais vendidos. Mas o que diferencia uma câmera compacta de uma ultra-compacta? A rigor, o tamanho, sendo consideradas ultra-compactas as câmeras com menos de 1 polegada de espessura. Que outros fatores deve o fotógrafo levar em conta ao optar por uma ou outra categoria de câmera digital? Trata-se aqui dos dois tipos de câmeras mais vendidos. Mas o que diferencia uma câmera compacta de uma ultra-compacta? A rigor, o tamanho, sendo consideradas ultra-compactas as câmeras com menos de 1 polegada (2,54 cm) de espessura. Que outros fatores deve o fotógrafo levar em conta ao optar por uma ou outra categoria de câmera digital? É preciso saber que uma maior miniaturização em muito limita o trabalho dos engenheiros e projetistas de câmeras. Isto é especialmente crítico em relação ao design de lentes e de sensores. As lentes das ultra-compactas raramente oferecem zoom maior que 3 ou 4 vezes, e seus sensores costumam ser ainda menores que os já pequeninos utilizados nas compactas, o que acarreta um nível de ruído ainda maior em alto ISO. Também é importante ressaltar que lentes de maior tamanho costumam oferecer melhores resultados sob o ponto de vista ótico, o que é importante para a qualidade final de imagem. Algumas câmeras compactas oferecem maior controle criativo ao usuário, disponibilizando controles manuais sobre foco, abertura e tempo de exposição. Estes recursos são absolutamente incomuns em ultra-compactas. Os flashes das ultra-compactas são limitados, oferecendo uma cobertura significativamente menor que o de uma compacta. Ante todo o exposto, a primeira impressão é de que é mais vantajosa a aquisição de uma compacta. Porém, há de se levar em conta a enorme facilidade de transporte de uma ultra-compacta, que cabe em qualquer bolso e pode ser carregada para todos os lugares. Comparemos dois modelos típicos da Canon: a compacta A570IS e a ultra-compacta SD1000. Ambas usam o mesmo sensor de 7,1 megapixels. Como vantagens para a compacta, o zoom mais poderoso (4x contra 3x), a estabilização de imagem, o foco manual, maior velocidade máxima de exposição (1/2000 contra 1/1500), lente um pouco mais clara (f/2.6 contra f/2.8), modo manual de operação (que inclui prioridade em abertura ou em velocidade). A única – em muitos casos, relevantíssima – vantagem da ultra-compacta é a menor dimensão: enquanto a compacta tem 43 mm de espessura, a ultra-compacta ocupa ínfimos 19 mm, o que a torna perfeita para ser levada a todos os lugares, discretamente inserida no bolso. Mas enfim, a questão do tamanho justifica a inferioridade técnica que se observa, via de regra, entre as ultra-compactas, se comparadas com as compactas? Se pensarmos na quantidade de boas fotos que perdemos pela falta de qualquer câmera à mão, a resposta é sim. Por isso, faz todo sentido a existência dessas câmeras de bolso – no sentido literal da palavra. Em tempo: o amigo-fotógrafo Iraldo inventou de criar um blog visual com as imagens que tem feito na sua atual temporada a trabalho em Angola. Essas fotos – soberbas, como a mostrada acima – estão no endereço www.angolaemfotos.blogspot.com.