Um pouco de luz By Ricardo Montero / Share 0 Tweet Importante entender o que significa ISO. Trata-se da medida da sensibilidade um filme – ou, no caso de fotografia digital, de um sensor – à luz. Números ISO menores indicam menor sensibilidade, o que comparativamente irá requerer maior exposição à luz. Essa maior exposição pode ser obtida com um maior tempo de exposição e/ou com uma abertura maior do orifício do diafragma. Em termos de fotografia, ISO é a medida da sensibilidade um filme – ou, no caso de fotografia digital, de um sensor – à luz. Números ISO menores indicam menor sensibilidade, o que comparativamente irá requerer maior exposição à luz. Essa maior exposição pode ser obtida com um maior tempo de exposição e/ou com uma abertura maior do orifício do diafragma. Fácil concluir que usaremos ISO maior em situações de baixa luminosidade. De fato, em uma praia ensolarada cabe o uso de baixas sensibilidades, mesmo ISO 50. Já no interior de uma residência, sem o auxílio de um flash, é necessário o uso de uma maior sensibilidade, ISO 800 ou até 1600. A fotografia digital trouxe a possibilidade ao fotógrafo de mudar, em questão de segundos, a sensibilidade do equipamento. É possível fazer uma foto em ISO 50 no quintal, para no instante seguinte se utilizar ISO 800 na sala de estar. Essa operação, em fotografia analógica, implicaria em complicada troca de filmes. A escala ISO é linear. Deste modo, a sensibilidade à luz em ISO 200 é exatamente o dobro da observada em ISO 100. Assim, para uma dada abertura do diafragma, uma captura que em ISO 100 pede um tempo de exposição de 1/50 segundo, pedirá um tempo de exposição em ISO 200 da ordem de 1/100 segundo (ou ainda 1/200 segundo para ISO 400). No mais, como os leitores da coluna devem lembrar, exposições realizadas em velocidades mais rápidas permitem o congelamento de cenas e diminuem a chance de fotos tremidas. A escala ISO (cujo nome remete à International Organization for Standadization, Organização Internacional para Padronizações) equivale à antiga escala ASA (American Standards Association, Associação de Padrões Norte-Americana). A escala ISO tem hoje uso universal em fotografia, substituindo outros antigos padrões além do ASA, como por exemplo o antigo DIN (escala alemã, não linear, mas sim logarítmica). Tanto em equipamentos digitais como em analógicos, o uso de alta sensibilidade costuma acarretar alteração na qualidade das imagens obtidas. Filmes rápidos têm como característica um resultado final com granulação mais visível. O uso de sensibilidade elevada em câmeras digitais – em especial nas compactas – incrementa o indesejável nível ruído. Este ruído é facilmente observável em superfícies uniformes, caracterizando-se por alterações granulares na luminosidade e na cor dos objetos fotografados. Por certo, a evolução tecnológica fará com que as câmeras digitais apresentem níveis de ruído cada vez menores, mesmo com o uso de ISO elevado. Atualmente, a quase totalidade das compactas já exibe ruído exagerado mesmo em ISO 400. Quanto a esse problema, a vantagem é das câmeras SLR, menos suscetíveis a ruído por utilizar sensores muito maiores que o das compactas. Novas câmeras como a Nikon D3 indicam um futuro promissor: oferecendo imagens de muito boa qualidade até ISO 3200, essa SLR profissional atinge a inacreditável sensibilidade de ISO 25600!