Contornando o mar na costa de Dublin

A primavera e o verão aqui são especiais para caminhadas e, principalmente, quando o sol fica um pouco tempo mais no céu irlandês.

Seguindo a região costeira de Dublin existem algumas cidadezinhas que são perfeitas para um passeio de um dia. E completamente fácil de ir, porque existe o Dart, a linha ferroviária, e também os ônibus – apesar de que eu nunca sugiro os ônibus daqui, são muito lentos. Eu apenas não recomendo que isso seja feito no inverno ou na época em que há a combinação de vento, chuva e frio. Pois, é fora de questão andar na praia com essas condições. E digo andar na praia, porque nadar é para os heróis, pessoas verdadeiramente corajosas. E esses corajosos que encontrei conseguiram agüentar o tempo de mergulhar e sair da água correndo. Mas, são perfeitas para uma caminhada, principalmente na primavera e no verão.

A linha mais comum é de Bray até Howth, que leva cerca de 40 minutos para ser cruzada de trem. Em Howth há um grande Cliff que circunda o mar, porque a região é como se fosse um nariz da costa. Durante o passeio é possível ver uma linda vista do oceano, flores amarelas espalhadas pelo chão – no caso de ser primavera – gaivotas e se tiver sorte até algumas focas que usam as pedras para se alimentar e até um farol. A caminhada dura mais ou menos 4 horas, então é melhor pensar em algum lanchinho e dedicar um dia para esse lugar.

Malahide é a praia perfeita para longas caminhadas na areia, extensas a ponto de se pensar que é sempre melhor pensar que a volta será o dobro. Mais uma vez, a primavera e o verão aqui são especiais e, principalmente, quando o sol fica um pouco tempo mais no céu, por volta de 23h ainda está claro, acontecem vários festivais gratuitos em toda à República da Irlanda. Em setembro é promovido o Festival de Cultura Mundial em Dun Laoghaire (difícil de pronunciar, mas é gaélico e o certo é algo parecido com isso Dun Laire).

Ano passado, inclusive, Seu Jorge apresentou-se aqui como parte da programação, o que não presenciei, pois foi um dos poucos shows pagos – mas, imagino que isso seja muito bom para o Seu Jorge. Mas, eu vi a apresentação de um grupo chamado Samba da Rua, que escolhi pensando que seria uma apresentação brasileira. Foi um engano, só que não triste. É uma companhia de percussão espanhola, que sabem devidamente como se fazer o uso da cuíca. E eles ainda dividiram o palco com um grupo escocês, que tocavam a sua tradicional gaita de fole. Uma mistura bem diferente, mas que funcionou perfeitamente, torço até que poderia ser uma idéia para algum enredo de escola de samba.

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Keila Vieira