Zeitgeist Debate By Juliano Moreira / Share 0 Tweet A soma de todos os erros – O terceiro Olá, você que lê! É hora de continuarmos o texto anterior de A Soma de Todos os Erros. Se você está começando aqui, recomendo que leia o conteúdo anterior. Em resumo, estou explicando como o automóvel simboliza os mais diversos aspectos obsoletos que a economia monetária representa. Está longe de ser completo, trata-se apenas de um exercício de reflexão. Vamos lá então? O terceiro erro: O uso diário. O problema: Reforçando novamente, esta análise não se sustenta em dados estatísticos ou informações científicas precisas. Para o erro “uso diário”, você mesmo pode responder a estas perguntas: qual é a lotação máxima de um carro popular? Contando o motorista, quantas pessoas geralmente ocupam um automóvel? Posso presumir que você tenha respondido cinco para a primeira pergunta e uma ou duas para a segunda. Acertei? Pois é, o uso diário que damos a estas máquinas não condiz nem um pouco a capacidade de carga delas. Se considerarmos o porta-malas, a situação piora ainda mais. Não vamos nos precipitar e culpar motoristas e passageiros por não utilizarem a máxima capacidade dos seus carros. Precisamos relacionar este erro com outros que ainda virão: o design e sociedade. Mas já podemos adiantar que os automóveis são um tremendo desperdício de material e espaço. Continuamos a produzir e comercializar um produto que tem um fim nunca amplamente utilizado. Mais uma pergunta: qual é o estado do carro na maior parte do tempo? Deixe-me ser mais claro. O que o carro mais faz durante as 24h do dia? Fica parado, né? Parado como muitas bicicletas ergométricas vencidas pela promessa de “segunda-feira eu começo os exercícios”. Ah sim! Existem os táxis, é claro. Mas você entendeu a questão. Sobre isto vamos resgatar mais tarde, lá no erro trânsito. A conclusão: Automóveis são como casas com dois pisos, cinco dormitórios, dependência de empregada e um amplo jardim para uso de apenas um homem solteiro que passa o dia inteiro fora e que não é nem um pouco chegado em receber convidados em sua casa. No máximo, ele aprecia um jantar a dois no conforto de seu lar. Bem, não tenho mais pra comentar.. Nos vemos no próximo erro!