A soma de todos os erros – Pt 6 de 9


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 A soma de todos os erros – O sexto

Olá, você que lê! É hora de continuarmos o texto anterior de A Soma de Todos os Erros.

Se você está começando aqui, recomendo que leia o conteúdo anterior. 

 

Em resumo, estou explicando como o automóvel simboliza os mais diversos aspectos obsoletos que a economia monetária representa. Está longe de ser completo, trata-se apenas de um exercício de reflexão. Vamos lá então?

 

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O sexto erro: O trânsito.

 

O problema: Segundo a ABRAMET, em 2009, o número de acidentes no trânsito brasileiro foi de 400 mil por ano. E 35 mil destes resultaram em morte. Aqueles que não morreram, 20 mil apresentaram mutilações em seus corpos. E o que fazemos a respeito? Nada. Substancialmente nada. Sim, estou ciente de leis que proíbem beber e dirigir, sei que não se deve passar da velocidade máxima de cada via, existem regras de trânsito, etc. Também conheço inúmeras entidades nobres com boas intenções para lidar com esta situação. Mas isso tudo é substancialmente nada. Porque se fizéssemos alguma coisa significativa a este respeito, o sexto erro não existiria. Simples assim. Simples mesmo. Bem como este exemplo: João está com fome. Isto é um problema. João come e a fome passa. O problema do caso foi resolvido.

 

Pessoas morrem e se machucam no trânsito. E o que fazemos? Compramos mais carros! Colocamos, todo ano, mais 60 milhões de novos carros no trânsito de todo o mundo. Que maravilha! E cada carro é um pequeno sistema isolado sem nenhuma relação com o trânsito ao qual pertence. O resultado? Com cada motorista por si, é óbvio que teremos “acidentes”. É inerente à nossa estrutura social. Nós, humanos, temos mil e um pensamentos a seguir. Somando todo o stress diário, é inevitável que algo tão monótono como dirigir acabe perdendo parte da nossa atenção um momento ou outro. Não é necessariamente culpa dos motoristas colisões ocorrerem. A culpa é social! É a negligência em resolver um problema técnico com a aplicação do método científico!

 

Temos tecnologia para unirmos todas as unidades móveis em um só sistema integrado automático de trânsito. Pense no elevador automático que você está acostumado a usar. Como seria se, ao invés de um computador com sensores e motores automáticos, ele fosse guiado por pessoas? Não me refiro somente ao velho ascensorista. Considere este sistema com pessoas abrindo e fechando suas portas o dia todo. Coloque mais um grupo de homens puxando o cabo para subir e descer o elevador. É insano, não é? Muita gente ia se machucar ou morrer. Não importa quantas leis ou programas educacionais façamos, uma hora ou outra, alguém irá se cansar ou perder a atenção. Como é um trabalho em grupo, o deslize de um, é a catástrofe de todos.

 

Com certeza ninguém acharia uma boa idéia mudarmos de um sistema automático para um manual. Acho que você entendeu o raciocínio, não? Enquanto pessoas dirigirem estas latas de uma tonelada, estamos fazendo nada para impedir danos e mortes. É através da automatização integrada que podemos alcançar segurança e tranqüilidade no trânsito.

 

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Ben… Ah… hum… Esquece!

 

A conclusão: Cada carro é dirigido por uma pessoa. Cada pessoa é capaz de enxergar, naturalmente, apenas da sua perspectiva. A insegurança é inevitável deste modo. Quem possui a melhor perspectiva integrada? O rato no labirinto, procurando uma saída enquanto se debate nas paredes ou o individuo que é capaz de enxergar de forma ampla o funcionamento do sistema? Temos GPSs que podem ser integrados a carros automatizados. Mas não usamos. E ainda reclamamos do perigo no trânsito.

 

Nos vemos no próximo erro!

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Juliano Moreira