Share Mulheres, o Bukowski de Mario Bortolotto By Diogo Brunner / Eu sempre tive certeza sobre a impossibilidade – óbvias, talvez – de se fazer uma boa adaptação da obra do velho Bukowski. Elas sempre me pareceram caricatas, e a sensação era que nunca chegavam perto das possibilidades que a leitura proporcionava. Uma solidão terna, algo triste, simples, algo que te levava a sentir, provocava reações […]
Share Quanto de sensibilidade cabe em 70 minutos? By Diogo Brunner / Quanto de sensibilidade cabe em 70 minutos? Essa foi a pergunta que me fiz ao assistir La vida útil (2010), do uruguaio Federico Veiroj. E imediatamente me veio à cabeça, novamente, de onde vem tanta delicadeza do atual cinema uruguaio. O filme é quase uma ode a um tipo de cinema onde prevalece […]
Share Febre do Rato: o cinema messiânico de Claudio Assis. By Diogo Brunner / Cláudio Assis nunca esteve para brincadeira. Isso já ficou claro não apenas em seus filmes, mas em suas declarações e posturas claramente combativas. Amarelo Manga e Baixio das Bestas já diziam muito desse cara nascido em Pernambuco, estado que merecia um estudo simplesmente para tentarmos entender de onde vem tanta criatividade, tanta luta, tanta inovação […]
Share A música instrumental do Malditas Ovelhas! By Diogo Brunner / Formada nos fundos de uma república em Araraquara, interior de São Paulo, a banda Malditas Ovelhas percorreu um caminho lento, contínuo, persistente. Trabalhando quietos e de forma competente, se inserem hoje no seio da cena da musica instrumental brasileira que, felizmente, volta a se fazer presente e cheia de qualidade, diversidade, com bandas enérgicas, e, […]
Share velhos bebâdos barrigudos tocadores de blues – ta aí By Diogo Brunner / Eu conheci o Saco de Ratos através da obra de Mário Bortolotto. Eu acompanhava a obra do dramaturgo e escritor, e toda a atmosfera, a vida que pairava ao redor. Eu sempre tive o Mário como mais escritor do que qualquer outra coisa, e isso continua assim. Tudo gira em torno das coisas que esse […]
Share Um Clooney, dois filmes. By Diogo Brunner / Sempre deixei claro aqui que a grandiosa festa do Oscar não significa nada para o cinema em termos de qualidade, relevância ou inovações. Nem é sinônimo de belos roteiros, fotografia e direção. Quero dizer com isso que – independente de premiações e festas glamourosas – os filmes estão aí, para além daquela estátua careca, dourada […]
Share Ocupar Wall Street e um pouco da falsa polêmica Rafinha Bastos. By Diogo Brunner / Entre discursos de filósofos como o esloveno Slavoj Zizek, até falas de Naomi Klein, surgiu o melhor conceito – retomando um pouco da ideia de Revolução Permanente de Leon Trotsky – acerca dessa retomada muito bem-vinda das manifestações políticas que ocupam espaços públicos. Pensando em Estados Unidos a coisa fica um pouco mais interessante, visto […]
Share O humanismo esclarecido de Maradona by Kusturica By Diogo Brunner / Para os fãs de Galvão Bueno e do Brasil-nação-“pátria-de-chuteiras”- não é fácil entender as sutilezas elefânticas que distanciam Pelé e Maradona. Não está em questão aqui a bola nos pés, o número de gols ou títulos, mesmo porque comparações desse tipo necessariamente teriam que levar em conta seus determinados momentos históricos. Kusturica, cineasta Sérvio que […]
Share A Nouvelle Vague revisitada. By Diogo Brunner / Difícil falar sobre um movimento que alterou as rotas do cinema mundial. Difícil falar sobre autores que constituíram uma parte da minha formação. A questão é que o documentário de Emannuel Laurent – Godard, Truffaut e a Nouvelle Vague: Acossados e Incompreendidos – faz isso com grande eficácia ao rememorar, mesmo com certa dose excessiva […]
Share Mário Bortolotto e suas canções para tocar no inferno. By Diogo Brunner / Há tempos eu acompanho a obra do Mário Bortolotto. É uma obra que transita tresloucadamente entre a dramaturgia, literatura e a música. Com um pendor um pouco maior, no que diz respeito à quantidade, aos textos para o teatro. Mas Bortolotto é sobretudo um escritor rockeiro, se podemos dizer assim. Ao mesmo tempo que escreve, […]