All posts in "Ronda Noturna 2.0"
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Primatas Miseravelmente Destrutivos: Babuínos

By Marcos Schmidt /

Há períodos em que um grupo de babuínos entra no mais absoluto caos. Após a queda de Saul, foi exatamente o que ocorreu. Observe-se: Saul era um babuíno macho-alfa tão impressionante que foi necessária uma coalisão de 6 outros machos para derrubá-lo do posto. Joshua, Menesseh, Levi, Nabuchanezzar, Daniel e Benjamin, entretanto, romperam a aliança […]

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Húbris: os deuses não perdoam

By Marcos Schmidt /

Os políticos são ciosos de sua imagem. Vivem dela. Alguns supõem-se especialistas, já que vieram do show business. Cuidam da própria imagem com zelo e, não poucas vezes, é apenas isso o que fazem. Existe também a húbris, a ambição desmedida que é punida pelos deuses. Não raramente, o político moderno, totalmente consciente e ativo […]

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A imagem de nós mesmos (III)

By Marcos Schmidt /

Que imagem pode nos definir enquanto processo civilizatório? A imagem da degola. Literal ou figurativamente, cortam-se cabeças no Brasil. É nossa imagem mais constante. O Estado, quando chega, decepa a cabeça do cidadão. Corta sua cabeça, sua mente, seu espírito, seu cérebro. É sua missão primordial. Corte-se a cabeça antes que ela pense. Despreza-se a […]

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Queimemos a tudo. Queimemos a todos.

By Marcos Schmidt /

Senhoras e senhores, mulheres e homens de bem. É passado o momento da gente decente deste país tomar as rédeas da situação. Chega de condescendência para com os pervertidos. Basta. É hora de agir. Queimemos o obsceno, o indecente, o profano, o que ofende, o que escandaliza, o que duvida, o que provoca. Transformemos todos […]

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Digressão sobre a paralisia crítica

By Marcos Schmidt /

Baudelaire escreve sua apresentação do Salão de Arte de 1855 (ou 1856, que eu não me lembro) e descasca os burgueses do seu tempo num texto cheio de ironia, veneno e cinismo. Registrou-se na época que as reações foram de suave perplexidade, os presentes se perguntando se o poeta queria afirmar de fato o que […]

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O fetiche do dinheiro

By Marcos Schmidt /

O maior dos fetiches é o do pedaço de papel colorido, com cerca de 13 por 6 centímetros, com uma efígie e um número estampados. Jamais o vemos dessa forma, que assim descrita pode até parecer com um santinho de candidato a vereador ou deputado. Nunca haverá confusão entre uma cédula de dinheiro e um […]

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A cidade bruta

By Marcos Schmidt /

São Paulo é a brutalidade. Os paulistanos e os que moram na cidade de São Paulo são brutais. Como poderia ser diferente? A arquitetura é a mais fundamental das artes. Ela é nosso hábito: ao contrário de todas as outras formas de arte, nós a vivenciamos ininterruptamente. É um código quase invisível, que, também de […]

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“Essa nação ainda tem jeito”

By Marcos Schmidt /

O MBL pressiona e o Santander Cultural de Porto Alegre cancela a exposição Queermuseu. Difícil saber o que é pior: as alegações cretinas, reacionárias e francamente burras do tal movimento liberal ou saber que conseguem amedrontar uma instituição a ponto de fazê-la recuar de maneira humilhante, covarde mesmo. Por sua vez, a bancada evangélica da […]

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A imagem de nós mesmos (II)

By Marcos Schmidt /

A fotografia, consta, é de 1883. O homem montado tem os pés descalços: não é alguém. Com a mão direita, segura a coronha de uma espingarda apoiada no ombro. Tem uma faca longa presa na cintura. À frente dele e do pangaré, uns 5 ou 6 cães. É uma fotografia posada, como as fotos da […]

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A imagem de nós mesmos (I)

By Marcos Schmidt /

A mais difícil das imagens é a imagem de si. Não trato aqui da imagem pessoal, individual, de cada um de nós (essa, por si só, terrivelmente complexa), mas a imagem que fazemos de nós mesmos enquanto brasileiros. Como nos vemos? Como povo (ou massa) alegre e risonha. Somos otimistas e solidários. Somos resilientes e […]

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