Sói acontecer de culparmos a vida por tudo quanto somos nós os culpados.
De separações de casais – e famílias -, passando por escolhas políticas, nossa maior competência é ter, sempre, uma desculpa; via de regra, jogando a culpa nos outros, ou na vida. Os mais adeptos das divindades gostam de deuses como causa e fim de tudo para explicar as peças da vida… E, com isso, eximirem-se das culpas “abraâmicas”…
Se há algo que diferencia o animal humano dos demais, esse algo é o fingimento, a hipocrisia.
Como sociedade, estamos todos expiando a culpa dos outros. Ninguém é culpado. Eu queria tirar a Dilma, mas não queria o Temer. Eu queria o Aécio só para tirar a Dilma, mas não tenho bandido de estimação. Aliás, dou-me o direito de me defender alegando que “juro que não sabia que Aécio é o maior bandido desse país”.
Não por outra razão as panelas calaram. Tempo chega em que até os hipócritas se calam… À esquerda e à direita…
E esse problema começou em casa. Por falta de educação. Ou por uma educação repressiva/não amorosa, com falta de atenção e esclarecimento.
A criança está fazendo a tarefinha de casa e deixa cair os resíduos do apontador no chão. O que seria o melhor a ser feito? Qual das opções a ensinam a ser responsável pelos seus atos?
1. Deixar. Afinal ela é só uma criança.
2. Gritar e bater para que não faça mais.
3. Alertar a criança que ela deixou sujeira no chão, pedir que ela a coloque no lixo e lembrar que todos na casa precisam ser responsáveis por cuidar da própria sujeira e das próprias coisas.
Daí, começamos a entender as relações dos humanos adultos de hoje com outros humanos, com a sociedade e com a Natureza.